Líder religioso é condenado a 20 anos de prisão por abuso sexual e manipulação psicológica
Kléber Aran Ferreira da Silva foi detid no último sábado, na Pituba; pelo menos três mulheres teriam sido vítimas
O líder religioso Kleber Aran Ferreira e Silva, do templo Associação Sociedade Espírita Brasileira Amor Supremo (Sebas), em Salvador, foi condenado a 20 anos e cinco meses de prisão em regime fechado por abuso sexual e manipulação psicológica contra seguidoras que frequentavam a instituição. A informação foi divulgada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) na tarde desta segunda-feira (11), dois dias depois de ser detido no bairro da Pituba.
Além da pena, o líder espiritual deverá pagar indenização de R$ 50 mil para cada vítima por danos morais. Por enquanto, pelo menos três mulheres se pronunciaram sobre os abusos. A prisão de Kleber ocorreu durante um evento religioso, na manhã do último sábado (9), após decisão da 4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Salvador.
O MP-BA investigava o abusador desde 2020, quando já recebia denúncias sobre os seus atos. Segundo o órgão, ele operava um “esquema de abuso de poder e manipulação psicológica”, atraindo seguidores em busca de cura e orientação espiritual. Neste caso, a ocorrência foi encaminhada à Ouvidoria do Conselho Nacional do Ministério Público pelo projeto “Justiceiras”, que é um grupo responsável pela proteção das mulheres.
Ainda segundo a Justiça, Kleber Aran levava vítimas para participar de rituais supostamente religiosos, quando na verdade, serviam de “satisfação dos desejos libertinos”. O MP-BA detalhou ainda que o suspeito conseguia o silêncio da pessoas por meio de ameaças à integridade física e mental. Por fim, as revelações do órgão são de que “as ações de Kléber Aran para submetê-las à sua lascívia” aconteciam após ele “criar a ilusão de que teriam sido escolhidas para serem as guardiãs do Cristal”.
Quem é o líder religioso?
Kleber Aran Ferreira da Silva dizia incorporar o espírito do médico alemão Adolph Fritz em seus atendimentos. Inclusive, durante os rituais, ele chegava a criar um sotaque diferente para manipular as vítimas. Assim, no meio das sessões, o religioso se aproveitava de pessoas que buscavam por “cirurgias espirituais”.
Conforme o Ministério Público, o espírita ainda orquestrava um esquema de abuso de poder e manipulação psicológica dentro do centro. A apuração diz que ele se aproveitava de mulheres doentes e em momentos de fragilidade emocional para assediá-las.
De acordo com os relatos, Kleber Aran afirmava que precisava fazer sexo com as mulheres para realizar os trabalhos espirituais, com a justificativa de que a entidade religiosa precisaria de “energia sexual”. Por isso, a sua estratégia era obrigar as vítimas a consumirem bebidas alcoólicas durantes os encontros para facilitar os abusos.
Conhecido por afirmar que incorpora o médico alemão Dr. Fritz, que realizava cirurgias espirituais, o líder é chamado, principalmente, de Médium Aran. Ele, inclusive, se aproveitaria do discurso de que está incorporado para, no meio dos atendimentos, abusar de pessoas que buscam pelas cirurgias nos eventos promovidos por Kleber.
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