FMI sobe projeção do PIB do Brasil para 3,0% em 2024, mas prevê desaceleração em 2025
Fundo elevou suas previsões também para os Estados Unidos e Reino Unido

A projeção de crescimento econômico global para 2024 foi revista pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado nesta terça-feira (22). O FMI elevou suas previsões para os Estados Unidos, Brasil e Reino Unido, ao mesmo tempo que reduziu as expectativas para a China, Japão e zona do euro.
As novas estimativas deixaram o crescimento do PIB global em 3,2%, mantendo-se inalterado em relação às previsões anteriores de julho. Além disso, a previsão de crescimento global para 2025 foi ajustada para 3,2%, com uma queda de 0,1 ponto percentual em comparação ao que havia sido projetado anteriormente. As perspectivas para o crescimento econômico a médio prazo são igualmente desanimadoras, com uma expectativa de 3,1% nos próximos cinco anos, uma diminuição significativa em relação aos níveis anteriores à pandemia. Especialistas destacam que a reunião de líderes financeiros em Washington coincidirá com essa divulgação, acentuando a importância do cenário econômico atual.
Em relação ao desempenho dos países, o FMI revisou sua projeção de crescimento para os Estados Unidos, aumentando-a em 0,2 ponto percentual para 2,8% em 2024. Essa melhora foi atribuída ao consumo robusto, impulsionado por aumentos salariais e crescimento nos preços dos ativos. Para 2025, a previsão de crescimento foi elevada em 0,3 ponto percentual, alcançando 2,2%. Por outro lado, o Brasil viu uma forte elevação em suas previsões, com um aumento de 0,9 ponto percentual, resultando em uma taxa de crescimento projetada de 3,0% para este ano.
A previsão de crescimento da China para 2024 caiu 0,2 ponto percentual, passando a 4,8%, refletindo a fraqueza no setor imobiliário e a baixa confiança do consumidor, apesar de um ligeiro suporte proveniente das exportações líquidas.
No contexto europeu, a Alemanha está projetando crescimento zero para este ano, uma diminuição de 0,2 ponto percentual, o que afetou negativamente a previsão geral para a zona do euro, agora estimada em 0,8% em 2024. Por sua vez, a Espanha experimentou uma melhora, com o crescimento projetado subindo para 2,9%. Para a Índia, as perspectivas continuam otimistas, mantendo-se em 7,0% para 2024 e 6,5% para 2025.
O FMI também abordou os riscos que podem impactar a economia global, incluindo a possibilidade de aumento de tarifas e medidas retaliatórias entre os países. A organização não fez menção a promessas políticas específicas, mas indicou um cenário adverso que poderia incluir tarifas de 10% entre os EUA, a zona do euro e a China, além de repercussões na imigração e nos mercados financeiros. Caso esse cenário se concretize, o FMI projeta uma redução significativa na produção global, com quedas de 0,8% em 2025 e 1,3% em 2026.
Além das questões comerciais, o relatório apontou outros riscos, como o aumento dos preços do petróleo e de outras commodities, especialmente se os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia se intensificarem. Especialistas reiteram a importância de evitar políticas protecionistas que possam restringir o crescimento econômico. O FMI alerta que o progresso econômico deve advir das reformas nacionais que promovam tecnologia, inovação e melhor alocação de recursos.
O FMI enfatiza a necessidade de integração econômica e estímulo ao investimento privado produtivo, sugerindo que a recuperação econômica global depende de um ambiente propício ao desenvolvimento sustentável. Essa mensagem se torna ainda mais relevante à medida que os países lidam com os desafios econômicos contemporâneos e buscam estratégias para um crescimento robusto e sustentável.
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