Mais de 87% dos reajustes salariais negociados em fevereiro ficaram acima da inflação, diz Dieese
Variação real média dos reajustes atingiu 1,87%

Em fevereiro, 87,4% das negociações salariais superaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE), conforme aponta o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O percentual é o segundo maior dos últimos 12 meses, atrás apenas de maio de 2024, com 88,6%. Outros 7,1% dos acordos igualaram o índice, enquanto 5,5% ficaram abaixo.
“A correção do salário mínimo, em janeiro, e as sucessivas quedas no valor do reajuste necessário para reposição das perdas salariais nas últimas datas-bases podem ter contribuído para o bom desempenho das negociações no período recente“, informou o Dieese.
A variação real média dos reajustes atingiu 1,87% em fevereiro, maior marca em um ano. Cerca de 25% das revisões garantiram ganhos entre 3% e 4% acima da inflação.
Para março, o Dieese prevê dificuldades nas negociações devido à alta da inflação em fevereiro. O aumento nos preços pode impactar os resultados. A entidade destaca que categorias com ganhos reais recentes correm risco de perder vantagem.
Desempenho por setor e região
O setor rural registrou 91,2% dos reajustes acima do INPC no primeiro bimestre de 2025, liderando o ranking. Em seguida, aparecem serviços (87,7%), indústria (82%) e comércio (67%). A variação real média mais alta também é do rural, com 2,09%, seguido por serviços (1,55%), indústria (1,22%) e comércio (0,79%).
“Parte considerável dos salários nesses setores tem valor muito próximo ao do mínimo oficial“, aponta a entidade. A correção do salário mínimo em janeiro explica o desempenho de rural e serviços. Os dados foram publicados na segunda-feira (25).
Nas regiões, o Sudeste alcança 86,2% dos reajustes acima do INPC no bimestre, à frente de Sul (84,8%) e Nordeste (84,1%). Centro-Oeste (77,4%) e Norte (72,7%) têm percentuais menores. A variação real média lidera no Sudeste (1,66%), seguido por Sul (1,31%), Nordeste (1,27%), Norte (0,95%) e Centro-Oeste (0,94%).
O Dieese relaciona os números ao impacto do salário mínimo ajustado. A proximidade com o piso nacional influencia os setores e regiões destacados.
Fecomércio-BA aponta aumento nos preços de chocolates
Os preços dos chocolates terão impacto no bolso dos consumidores, principalmente na Páscoa deste ano. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio-BA), com base nos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os chocolates em barra e bombons aumentaram 14,41% nos últimos 12 meses, enquanto os achocolatados em pó subiram 10,24%.
Embora os ovos de chocolate não façam parte da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), espera-se que sigam a mesma tendência devido à alta do cacau no mercado internacional. A cotação da arroba do cacau, que estava a R$ 460 em março do ano passado, subiu para R$ 730 neste ano, afetando diretamente os custos de produção.
“A boa notícia é que o preço do cacau vem melhorando nos últimos meses com a ampliação da oferta mundial novamente, mas não em tempo suficiente para gerar reflexos na Páscoa deste ano, até por conta do processo de produção que já foi realizado”, explicou Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio BA.
Preço apresenta variações
Apesar do aumento nos preços dos chocolates, outros itens típicos da Páscoa tiveram variações menores. A cesta de Páscoa teve aumento médio de 2,26%, abaixo dos 5,86% registrados no ano passado. O arroz, um dos ingredientes principais, teve uma queda de 7,61%, enquanto batata-inglesa (-33,91%) e cebola (-32,87%) apresentaram quedas significativas.
Nos pescados, o aumento foi de 4,87%, abaixo da inflação regional de 5,37%. No entanto, itens como alho e tomate sofreram aumentos consideráveis, com altas de 41,49% e 10,75%, respectivamente. O azeite também continuou com alta de 14,11%, depois de um aumento de 36,93% no ano anterior.
Redação
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