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São Paulo tem 3,1 mil focos de incêndio em agosto, maior número desde 1998

São Paulo tem 3,1 mil focos de incêndio em agosto, maior número desde 1998
De acordo com dados do Inpe, desde agosto de 2021, quando houve 2.277 casos, não havia casos tão elevados de focos no estado paulista

O estado de São Paulo já soma, até a última sexta-feira (23), 3.175 ocorrências de queimadas, o maior número de focos de incêndio registrado em agosto desde 1998, quando foi iniciada a contabilização pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É quase o dobro se comparado ao longo dos 12 meses do ano passado no Estado, com 1.666 registros e os números podem ser ainda maior, com novos focos neste sábado (24) e domingo (25).

A quantidade de incêndios florestais estava em crescimento ao longo da semana, que foi marcada por baixa umidade e uma onda de calor no território paulista. Um comitê de crise foi montado pela Defesa Civil do Estado.

De acordo com dados do Inpe, desde agosto de 2021, quando houve 2.277 casos, não havia casos tão elevados de focos em São Paulo. A quantidade mais expressiva em agosto tinha sido registrada apenas em 2010, com 2.444 focos.

A média para este mês costuma ser a mais alta do ano e o cenário fez com que o governo estadual decretasse emergência em mais de 30 cidades afetadas. Até sábado, focos continuavam ativos em pelo menos 17 municípios e ainda 36 cidades estavam em alerta máximo no interior paulista.

Governo estadual

Os incêndios florestais já provocaram duas mortes e a suspensão total ou parcial de rodovias que cortam o Estado. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobrevoou as regiões afetadas na manhã deste sábado. “A situação hoje está ficando sob controle. A maioria dos focos já está sendo extinta”, informou em comunicado à imprensa, ressaltando que, além dos bombeiros, o governo conta com o auxílio das Forças Armadas, Marinha, Exército e da União das Indústrias da Cana-de-Açúcar. 

“Muito cuidado agora com aquelas regiões onde o incêndio pode alcançar casas, indústrias, para preservar a integridade física das pessoas. Não é demais lembrar que a gente precisa ter o máximo de cautela. O esforço tem que ser conjunto para evitar a propagação Nós temos uma combinação de fatores como altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar, ventos fortes. Tudo que é propício para ter ignição e o espalhamento desses fogos”, alertou.

O governo estadual informou também que mais de 7,3 mil entre profissionais e voluntários estão trabalhando no combate às chamas e na orientação da população paulista. “O gabinete de pronta resposta, instalado ontem (sexta, 23), permanece ativo no âmbito da Operação SP Sem Fogo, que integra especialistas da Defesa Civil do Estado e das secretarias da Segurança Pública (SSP), Agricultura e Abastecimento, e Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil)”, disse o comunicado.

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Paulo Pinto/Agência Brasil