Wagner nega disputa interna com Rui e Jerônimo por indicações de novo secretariado
Senador defende governador e, sem mencionar nomes, critica oposição por bater em segurança e saúde no Estado

O senador Jaques Wagner (PT) negou, na manhã desta sexta-feira (22), uma disputa interna com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) por indicações para a reforma do secretariado. O anúncio da nova dança das cadeiras está previsto para janeiro, mas em entrevista ao Portal M!, Jerônimo já adiantou que pode indicar pelo menos dois novos secretários ainda no final deste mês de novembro.
O senador chegou de cadeira de rodas ao encontro estadual do PSB com prefeitos e vices eleitos em outubro, já que se recupera de uma cirurgia do joelho. No evento, o senador afirmou que ele, Rui e o governador “são três lideranças maduras” e “é bom que cada um tem a sua coloração, a sua característica, mas isso não quer dizer adversidade”. Em entrevista à imprensa, Wagner ainda disse que a “decisão é de quem tem a caneta”, ou seja, do governador.
“Eu acho que a maior das especulações eu sugiro para que vocês não dêem ‘barrigada’ que não entrem nessa canoa de uma guerra eu com o Rui ou com o Jerônimo, não existe essa possibilidade. Não tem disputa nenhuma, não estou disputando nenhum cargo dentro do governo de Jerônimo e imagino que Rui também não. Aí cabe ao governador fazer as mudanças que ele acha conveniente para dar mais dinâmica eventualmente nas áreas que ele considerar que estão precisando dessa alavancada, aí é um critério dele. Posso ter conversas com ele, com o Rui, mas são conversas de consulta interna”, ponderou no evento que acontece no auditório do Quality Hotel, no bairro do Stiep, em Salvador.
Questionado qual seria sua avaliação dos dois primeiros anos de gestão do aliado, o senador respondeu que “está indo bem”, mas “como todo governo pode melhorar”. Wagner também defendeu o governador e, sem mencionar nomes, criticou a oposição por bater nas áreas de segurança e saúde no Estado, dois pontos sensíveis, segundo ele, para todo país e não só na Bahia.
“A oposição [sic] estabeleceu o samba de uma nota só. Teve um problema, que é um drama hoje para a sociedade moderna, que é a questão da segurança, com o tráfico, com as milícias, com tudo isso, e fica chovendo nessa questão. Eu só queria saber se ele tem alguma proposta para melhorar essa questão, porque quando você tá jogando pedra na vitrine, você joga tudo que é pedra e não tá pouco se importando com o que vai acontecer. Eu desconheço qualquer medida que eles tenham feito, com tanto tempo que ficaram no governo, na Bahia, na prefeitura, que eles possam apresentá-la com uma vitrine de um exemplo que estão fazendo. Então, nós estamos buscando, trazendo o que há de mais moderno em tecnologia, contratando mais gente, dando mais infraestrutura à polícia militar, à polícia civil, à polícia técnica, para a gente poder chegar lá”, bradou.
Saúde
Sobre o problema na regulação, tema que sempre é debatido nas eleições, o senador também minimizou e relembrou que o grupo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (atual vice-presidente nacional do União Brasil) governou a Bahia por mais de 20 anos e também não resolveu a questão na saúde.
“Qual outro tema que eles falam? O da regulação, eu digo, claro, cara pálida, vocês ficaram 20 anos, 40 anos, não construíram quase nenhum hospital, nós construímos 20 tantos, 20 Centros de Diagnóstico. Ninguém joga pedra em árvore que não tem fruto. Quando essa terra não tinha nem hospital e o pessoal ficava indo para fora ou tomando remédio de chá no interior, ninguém vinha para a regulação. As pessoas vêm para a regulação porque sabem que tem fluxo. O Hospital Ortopédico é um exemplo, vários hospitais, vários mutirões”, destacou.
“Agora, saúde é uma questão realmente infindável por mais que sem vista. Eu estou muito à vontade, não vejo o que o adversário, seja ele quem for, tem para apresentar e, portanto, eu acho que a gente tem que continuar no nosso trabalho. Jerônimo, do ponto de vista de popularidade, me parece uma pessoa que tem uma aderência da população muito grande e o que tiver que ser consertado, ele tem a habilidade para fazê-lo”, acrescentou o senador.
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