Caso Marielle: julgamento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz começa nesta quarta-feira; saiba detalhes
Testemunhas serão ouvidas pelo júri popular pelos próximos dois dias
O julgamento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, assassinos confessos da vereadora Marielle Franco (PSOL), serão submetidos a um júri popular a partir desta quarta-feira (30). Ao todo, nove testemunhas serão ouvidas pelos próximos dois dias. O processo será realizado no 4º Tribunal do Júri, no Centro do Rio de Janeiro.
Entre as testemunhas, sete foram indicadas pelo Ministério Público (MP-RJ), incluindo a assessora de Marielle, Fernanda Chaves, única sobrevivente do atentado. Outras duas serão componentes da defesa de Lessa. A defesa de Élcio desistiu de ouvir as testemunhas procuradas.
Os dois assassinos, que são ex-policiais militares, serão ouvidos através de videoconferência. Atualmente, Ronnie Lessa está na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo, e Élcio Queiroz se encontra no Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília.
Os membros do júri popular contará com 21 pessoas comuns, sendo que sete delas serão submetidas a sorteio na hora do julgamento. No processo de recolhimento das informações, todas estarão isoladas e, em seguida, continuarão nas dependências do Tribunal de Justiça do RJ.
O júri popular será responsável por dizer se os assassinos são inocentes ou culpados do crime cometido. Por fim, a juíza Lúcia Glioche definirá o tempo de sentença da pena, considerando todos os agravantes. A informação é de que o MP-RJ pretende solicitar a pena máxima de 84 anos de prisão para a dupla.
No momento, os dois ex-policiais militares já estão presos há cinco anos e sete meses. Com o acordo da delação premiada, a indicação é de que Élcio Queiroz ficará preso por 12 anos em regime fechado e Lessa e por 18 anos em regime fechado. Porém, o benefício pode ser anulado caso alguma mentira seja comprovada nas confissões.
Relembre o caso Marielle
Marielle Franco, de 39 anos, então vereadora do Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), foi morta a tiros no dia 14 de março de 2018, há mais de seis anos. Na ocasião, ela recebeu os disparos de dentro do carro, que trafegava na Rua Joaquim Palhares, na Região Central do Rio de Janeiro. O motorista do veículo, Anderson Gomes, também foi baleado e não resistiu. Apenas a assessora de Marielle, Fernanda Chaves, sobreviveu ao incidente, após ser atingida somente pelos estilhaços do carro.
Segundo as confissões dos réus, Ronnie Lessa, que é um ex-policial militar com atuação no 9º Batalhão (Rocha Miranda), foi o responsável pelos 13 disparos que atingiram o carro da psolista. Élcio Queiroz, que também é ex-policial militar, foi expulso da corporação em 2015 por envolvimento com atividades ilegais, dirigia o carro que seguiu Marielle na noite do crime, que ocorreu por volta das 21h30.
Depois da execução, os relatos dizem que cada um deles teriam voltado a fazer as suas atividades cotidianas, para não levantar suspeitas sobre a morte da vereadora. No dia seguinte, eles foram buscar o veículo que deixaram com Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, que foi responsável por desmontar todas as peças.
Conforme as apurações, vários nomes estariam ligados ao incidente do caso Marielle. Inclusive, Lessa disse que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram os mandantes da operação e passaram todos os detalhes para o dia da execução. O assassinato da vereadora foi motivada por ela ser vista como uma “pedra no caminho” dos interessados em consolidar loteamentos irregulares na Zona Oeste do Rio.
Nesse sentido, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz seriam recompensados com estes terrenos em loteamentos, em margem de lucro que poderia chegar a R$ 25 milhões. Porém, a dupla foi presa no dia 12 de março de 2019, dois dias antes de o caso completar um ano, em ação da Operação Lume, composta por Policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e promotores do Ministério Públicos.
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