Brasil vence Nigéria na estreia na Olimpíada de Paris

A seleção brasileira teve altos e baixos, mas cumpriu seu papel na estreia do futebol feminino nas Olimpíadas de Paris-2024. Graças a um passe genial da Rainha Marta e à precisão de Gabi Nunes, o Brasil, liderado pelo técnico Arthur Elias venceu a Nigéria por 1 a 0, no estádio Matmut Atlantique, em Bordeaux, nesta quinta-feira (25), na França.

O confronto contra as nigerianas foi, teoricamente, o de menor dificuldade no Grupo C, que também inclui Japão e a atual campeã mundial Espanha.

Em outra partida disputada também nesta quinta, as espanholas derrotaram as japonesas por 2 a 1, liderando o grupo com três pontos, à frente do Brasil, que está em segundo devido ao saldo de gols. As brasileiras voltam a jogar no domingo, enfrentando o Japão às 12 horas de Brasília, antes de desafiar a Espanha no dia 31.

Após 15 minutos iniciais de jogo travado, a Nigéria teve um bom momento ofensivo, aproveitando-se da vulnerabilidade do Brasil no meio de campo. Coube à goleira Lorena, do Grêmio, salvar o Brasil com duas ótimas defesas consecutivas após perigosas finalizações nigerianas. A agressividade das adversárias, entretanto, não se manteve, permitindo à seleção brasileira crescer na partida.

Bem posicionada, a atacante corintiana Gabi Portilho teve duas boas chances, a segunda delas dentro da pequena área, em lance no qual a bola passou perto da trave direita da goleira Nnadozie. As brasileiras continuaram tendo dificuldades com o jogo físico da Nigéria até os minutos finais do primeiro tempo, quando começaram a acertar melhor a transição para o ataque.

Marta chegou a balançar as redes, mas o lance foi anulado porque Portilho, autora do passe, estava impedida. Pouco depois da anulação, a Rainha apareceu novamente, desta vez com um excelente passe nas costas da defesa para Gabi Nunes, que saiu livre na cara do gol e marcou aos 36 minutos. A seleção foi para o intervalo com uma baixa importante, já que a lateral-esquerda Tamires, uma das líderes do grupo, sentiu dores no tornozelo e foi substituída por Yasmin, sua companheira de Corinthians.

O Brasil voltou para o segundo tempo demonstrando maior capacidade de controlar o jogo. Conseguia manter a posse de bola e circulá-la com certa tranquilidade, incluindo boa participação de Lorena, como gosta Arthur Elias. Com paciência, encontrava espaços e criava jogadas interessantes no ataque, ao mesmo tempo em que não corria maiores riscos defensivos.

Apesar disso, o volume ofensivo não era muito grande, pois faltava aproximação entre as jogadoras, dificultando a quebra das linhas nigerianas. Bolas longas para as pontas surgiam como alternativa para pressionar um pouco mais a defesa adversária, mas nem sempre eram efetivas. Os minutos finais foram de tensão, com a Nigéria mais ativa no ataque, porém sem conseguir o empate.