Vixe! Falta de definição prejudica cidades do interior. Base cobra atenção de Jerônimo. E a festa de arromba de Elmar e o isolamento de Neto
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Indefinição no interior
A proximidade do prazo para a realização das convenções partidárias tem deixado muitos dirigentes de partidos, deputados estaduais e federais ligados ao governo estadual em estado de alerta total na Bahia. A queixa é geral, sobretudo com a forma como o governador Jerônimo Rodrigues tem conduzido o processo. Em contato com a coluna, um dirigente de uma sigla importante da base falou que a demora em definir a estratégia em muitas cidades tem levado a um verdadeiro “Deus nos acuda” entre os próprios integrantes do grupo governista.

Decisões tardias
A desorganização é grande, há demora em tomar decisões. Há cidades de médio e grande porte onde o cenário continua confuso, mesmo sob o risco de a base do governo perder espaço para a oposição, o que poderá gerar desdobramentos para o pleito de 2026. Em Vitória da Conquista não se chegou a um entendimento. Barreiras idem. Em Teixeira de Freitas, o cenário continua embolado. Juazeiro da mesma forma, com a insistência pelo nome de Isaac Carvalho, que continua inelegível a três meses da eleição. “Com isso, o que vemos é uma articulação solta, cheia de problemas”, disse o veterano governista.

Conselho pouco eficiente
Outra queixa é que o Conselho Político é uma instância bonita na teoria, mas aparentemente pouco eficiente na prática. “Tudo para na necessidade de o governador se posicionar, arrastando decisões que já poderiam ter sido tomadas, já que estamos às vésperas do período das convenções”, completou o deputado estadual em contato com a coluna.

Agenda x tempo
Publicamente ninguém toca no assunto, mas, nos bastidores, dirigentes de partidos da base falam da insatisfação com a forma adotada pelo governador, que mantém uma agenda intensa de viagens pelo interior da Bahia. A crítica maior é que acaba faltando tempo para ele sentar e tomar decisões difíceis, o que tem que ser feito por ele, o líder político do processo governista na Bahia.

Sem poder de decisão
“Não dá pra terceirizar decisões que devem ser do próprio governador”, completou o dirigente da sigla aliada, ao falar da boa atuação do secretário Adolpho Loyola, chefe de gabinete do governador, ou do presidente do PT, Éden Valadares. “Não adianta delegar e não dar tinta para a caneta deles. As coisas não andam. Por mais gente boa que sejam o Éden e o Loyola, eles não conseguem destravar problemas e situações que exigiriam uma postura mais rápida do governador”, enfatizou.

Wagner demandado
Tem cacique de partido da base governista indo atrás do senador Jaques Wagner para que ele entre no circuito e acabe (ou pelo menos, diminua) as insatisfações. Wagner é apontado como o principal líder do PT na Bahia e teria a capacidade de convencer o governador, para que ele avance na retirada dos gargalos que geram as insatisfações da sua base no estado.

Relação pessoal impecável
Teve político que teceu inúmeros elogios à forma como o governador conduz as relações no campo pessoal. “Uma pessoa maravilhosa nas relações, mas precisa dar mais atenção para as demandas políticas e da sua gestão”, avaliou o deputado estadual, chateado com a demora em ver as nomeações, obras e intervenções acontecerem. “O detalhe é que esse cenário fortalece a oposição na Bahia. Ou até mesmo o nome do ex-governador Rui Costa para 2026”, emendou o governista.

Político não morre, vai para a prateleira
Ainda falando sobre os impactos em 2026, outro dirigente de partido governista disse para a Coluna Vixe! que não existe vácuo de poder e que político não morre, vai para a prateleira. “ACM Neto é jovem e, pelo visto, virá com todo gás para a próxima eleição ao governo”, sentenciou o dirigente, ao falar que nos bastidores há um clima de “cá te espero” na base, com políticos com e sem mandato insatisfeitos com a condução política no estado.

Precisa acordar
E engana-se quem pensa que a situação política do ex-prefeito ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, é confortável. Muito pelo contrário. Lento nas suas movimentações com vistas à eleição de 2026, Neto é criticado dentro do seu próprio grupo. Ou ele acorda, ou o prefeito Bruno Reis assume o lugar dele no protagonismo da oposição na Bahia. Até porque não existe eco nem espaço vazio na política.

Isolado na base
O que se fala entre deputados e dirigentes de partidos aliados é que ACM Neto está cada vez mais isolado junto a sua própria base e longe da candidatura ao governo em 2026. A queixa é geral. Não atende aos telefonemas, não retorna às mensagens de WhatsApp e o pior: não tem demonstrado interesse em pegar estrada rumo ao interior, na tentativa de se consolidar como a principal liderança do grupo. Pelo visto, caberá mesmo ao ex-prefeito de Salvador se viabilizar como candidato a vice numa chapa presidencial, mais precisamente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Há quem diga que seria uma saída honrosa para o neto do ex-senador Antonio Carlos Magalhães.

A força de Lula em 2026
Os três políticos ouvidos pela Coluna Vixe! disseram que não dá pra confiar apenas na força do presidente Lula para 2026. O próprio presidente enfrenta dificuldades no seu governo, patinando na avaliação. “Resta saber se Lula chegará como Biden ou como Lula”, ironizou um deles, ao fazer referência ao presidente dos Estados Unidos, questionado sobre a capacidade de ir para a reeleição ou ser substituído por outro nome do seu partido.

Falta comunicação com a população
“Sem contar que um dos maiores gargalos do governo federal se dá pela dificuldade de comunicação com a população. O governo não dialoga com a ponta. E sabemos que não dá pra falar apenas para seu próprio público, tem que falar para todos”, completou.

Cenário delicado
Como exemplo das insatisfações da base, o dirigente de um partido citou a cidade de Ipirá, onde a esposa do ex- deputado Jurandir Oliveira, Edite Gomes, foi convidada a se filiar ao MDB para disputar a eleição. No entanto, o governador sinalizou apoio ao ex-secretário de Finanças, Thiago do Vale. “Ele deveria manter a imparcialidade, já que são dois nomes do seu arco de aliança. E o detalhe é que isso cria uma insegurança sem precedentes, levando os aliados para o colo da oposição”, disse o dirigente, ao prever um momento delicado para 2026. “E a depender do resultado da eleição deste ano, o cenário pode se complicar mais ainda”.

Festa de arromba
O deputado federal Elmar Nascimento fez uma verdadeira festa de arromba na última quarta-feira (10) para comemorar o seu aniversário, em Brasília. O baiano, que está no páreo para comandar a Câmara dos Deputados, reuniu mais de cem parlamentares, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, seu principal cabo eleitoral, e três importantes quadros do governo Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).

Governo sem preferência
“O governo não vai ter preferência nenhuma, isso é assunto da Câmara e quem tem que ter preferência é a Câmara”, afirmou o ministro Rui Costa à imprensa, ao acrescentar que não vota na disputa pelo comando da Casa. A festa foi tão movimentada que vários políticos de peso da Bahia participaram ao evento, como o ex-prefeito ACM Neto e o ex-ministro da Cidadania, João Roma.

Brito retribui gentileza
A comemoração do deputado federal Elmar Nascimento aconteceu um dia após o também candidato Antônio Brito (PSD) realizar a sua festa, que contou com a presença do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. O próprio Antônio Brito fez questão de ir à festa de Elmar, em retribuição ao gesto do colega baiano no dia anterior.

Alinhamento com o Planalto
Na disputa para suceder Arthur Lira na Câmara Federal, a maior dificuldade do líder do PSD é justamente a predileção do Palácio do Planalto por seu nome. Habilidoso e experiente, Antônio Brito tenta vencer as barreiras na Câmara para o alinhamento com os governo Lula e busca até mesmo se aproximar do bolsonarismo, na tentativa de se colocar como um nome que dialoga amplamente. Até fevereiro, os baianos estarão em movimento para se viabilizar e assumir um dos postos mais importantes na hierarquia de poder no país. A conferir.

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