Os jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) anunciaram uma nova greve, com início marcado para a próxima quinta-feira (3), após decidirem pela paralisação por tempo indeterminado em assembleia realizada na última segunda-feira (30).
A categoria exige isonomia salarial no novo Plano de Cargos e Remunerações, que atualmente prevê uma tabela salarial 12% inferior para os jornalistas em comparação a outros cargos com nível superior, além da equiparação salarial para os profissionais de nível médio.
Essa é a terceira paralisação dos jornalistas da EBC desde o início de setembro, todas voltadas para a mesma reivindicação. A primeira greve, realizada nos dias 3 e 4 de setembro, contou com a adesão de 95% dos profissionais, segundo informações dos sindicatos da categoria. Já a segunda ocorreu entre os dias 24 e 25, totalizando 48 horas de paralisação.
Principais demandas
A principal reivindicação dos jornalistas é a equiparação salarial entre os cargos de nível superior, incluindo os jornalistas, e a correção dos vencimentos dos profissionais com nível médio. “A categoria exige da direção da empresa um compromisso público de construir uma proposta que respeite a jornada especial da categoria, com isonomia salarial entre os distintos cargos de nível superior e equidade para os trabalhadores de nível médio. Caso este compromisso seja estabelecido, a paralisação pode ser suspensa”, afirmou o grupo em nota.
Os sindicatos que representam os jornalistas informaram que as demandas já foram discutidas com representantes da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República e da Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais, vinculada ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, mas até o momento não houve avanços concretos nas negociações.
Impacto da paralisação
A nova greve deverá afetar a operação de diversos veículos e serviços sob o comando da EBC, incluindo a TV Brasil, Agência Brasil, Rádio Nacional, Rádio MEC, Canal Gov, Agência Gov, Voz do Brasil e TVs universitárias, entre outros. A expectativa é que, sem um acordo, os serviços de comunicação pública geridos pela EBC possam enfrentar dificuldades operacionais nos próximos dias.
Leia também:
42 mulheres são certificadas pelo projeto Empreendedoras Braskem em Simões Filho
Aumento da dívida pública pode impactar PIB e saúde financeira das empresas, aponta estudo