Um estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) aponta que ao menos 119 cidades baianas estão sofrendo com o desabastecimento de vacinas para crianças. No Brasil, há registros em 1.563 municípios. Segundo o levantamento, as principais faltas dos imunizantes são contra catapora, meningite e hepatite. De acordo com a CNM, diante da falta de vacinas na rede pública, as pessoas têm sido obrigadas a recorrer à rede particular, cujos preços variam entre R$449 e R$1,3 mil.
Na Bahia, 60 cidades já registraram a falta de vacinas contra a meningite C, com tempo de espera do medicamento que passa dos 90 dias. No entanto, o imunizante que mais está em falta é o da catapora, com 97 municípios – o Estado lidera os casos da doença no país.
Em nota divulgada à imprensa, o Ministério da Saúde afirmou que “mantém envio regulares de vacinas aos estados, que são responsáveis por abastecer os municípios”, ressaltando ainda que os dados apontados não significam que a falta está generalizada em todo o país. “O levantamento da CNM traz questões pontuais para as quais o Ministério da Saúde adota estratégias para manter a vacinação em dia e a proteção da população”.
Em nota divulgada ao Portal M! a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), informou que não registrou a falta de imunizantes. O órgão estadual afirmou que os estoques de vacinas estão baixos, mas que não há faltas de nenhum imunizante. Sobre a alta dos casos de catapora na Bahia, a Sesab não se pronunciou.
Levantamento do CNM no Brasil
Segundo o levantamento da CNM, 1.563 municípios já registraram a falta das vacinas no país. Os imunizantes que mais estão em falta são os contra varicela (catapora), covid-19 e meningocócica C. A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 11 de setembro, com a participação de 2.415 municípios.
O imunizante que mais está em falta é aquele contra a catapora, que já registrou 1.210 municípios, que estão em média há 90 dias sem receber o medicamento. Já a vacina contra a covid-19 para crianças afeta 770 municípios.
Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, afirmou estar cobrando do Ministério da Saúde que faça sua parte e compre as vacinas e as distribua para os estados e municípios. “Sabemos que vacinas são compradas e são de responsabilidade do governo federal, aos estados cabe comprar as agulhas para que se possa fazer a aplicação das vacinas. Isso chega aos municípios e eles aplicam as vacinas”, ressaltou.
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