O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), entregou, na manhã desta quarta-feira (16), a requalificação da tradicional Feira Livre de Pescados, conhecida como Porto das Sardinhas, no bairro São João do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário. Com a obra, o espaço histórico foi totalmente reformado para oferecer melhores condições de trabalho aos comerciantes e mais conforto e segurança para os clientes que frequentam o local diariamente, ainda mais nas vésperas do feriadão prolongado da Semana Santa e Tiradentes.

Durante a cerimônia de inauguração, Bruno Reis fez questão de relembrar as diversas promessas do governo do Estado para reformar o equipamento, que, segundo ele, nunca se concretizaram.

“Cansamos de esperar. Sempre tinha uma promessa de que seria feita esta obra. Esperei. Quando eu vi que não ia acontecer, nós fomos lá e resolvemos”, afirmou o prefeito.

Prefeito reforça importância do trabalho para transformação social

Ao entregar o novo espaço, Bruno Reis aproveitou para destacar os programas sociais desenvolvidos pela prefeitura, mas ponderou que o verdadeiro impacto está em garantir condições para que as pessoas possam trabalhar com dignidade. “Temos o aluguel social, o auxílio emergência, auxílio alimentação, dez restaurantes populares que distribuem mais de cinco mil refeições diariamente. Isso é importantíssimo, mas não resolve a vida das pessoas”, disse Bruno Reis.

Segundo o prefeito, “o que as pessoas querem é trabalhar com dignidade”. Ele ressaltou que a requalificação do Porto das Sardinhas é um exemplo do compromisso da gestão municipal em atuar diretamente nas comunidades, oferecendo estrutura adequada para que o comércio local possa se desenvolver e gerar renda de forma sustentável.

Local se transforma em polo de comércio popular

A Feira Livre de Pescados em São João do Cabrito, mais conhecida como Porto das Sardinhas, passou por uma ampla requalificação que modernizou completamente a estrutura do tradicional ponto de comercialização de pescados no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O local, que atende diariamente mais de 3 mil consumidores, agora possui infraestrutura que atende cerca de 100 trabalhadores, entre pescadores, marisqueiras e vendedores.

A iniciativa foi conduzida pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) e integra uma política municipal de fortalecimento do comércio de bairro e incentivo à economia local. Com a revitalização, a feira passou a oferecer melhores condições de trabalho e atendimento, além de contribuir para a valorização do espaço urbano e para o aumento da renda dos permissionários.

Nova estrutura: conforto, higiene e segurança alimentar

O espaço recebeu cobertura isotérmica de 300 metros quadrados, que garante maior conforto térmico aos trabalhadores, especialmente àqueles que começam suas atividades ainda de madrugada. A implantação de piso polido e bancadas de concreto substituiu antigas estruturas de madeira, contribuindo para a elevação dos padrões de higiene e facilitando a limpeza do ambiente.

Entre os principais avanços estruturais, destacam-se a construção de boxes individuais, iluminação em LED e sistema de drenagem subterrânea. Essa última intervenção tem papel essencial para o funcionamento da feira, já que a região é frequentemente afetada por marés altas e chuvas fortes. Agora, a água é direcionada diretamente para a área da maré, eliminando o risco de alagamentos.

Além disso, a feira passou a oferecer Wi-Fi gratuito para trabalhadores e consumidores, ação coordenada pela Companhia de Governança Eletrônica (Cogel). Também foram distribuídos kits de proteção individual, com aventais, bonés e isopores apropriados para o armazenamento dos pescados.

Equipe fixa de limpeza e nova identidade visual

Com o objetivo de manter o padrão sanitário da feira, a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) designou uma equipe fixa para a manutenção diária do espaço. Outra mudança visível foi a adoção de uma nova identidade visual, que não só reforça a padronização do local como também o torna mais atrativo para os consumidores.

Segundo o prefeito, a requalificação também responde a uma demanda antiga da comunidade local, que relatava dificuldades com a precariedade da infraestrutura. Permissionários que atuam há décadas no Porto das Sardinhas afirmam que as mudanças já começam a refletir no aumento do público e na movimentação financeira.