Mesmo com cenário desfavorável, Antonio Brito mantém candidatura à Presidência da Câmara

O líder do PSD na Câmara, deputado federal Antonio Brito (BA), confirmou neste sábado (2) que vai se manter na disputa pela presidência da Casa, mesmo que não seja o favorito a ocupar o cargo. Neste momento, o candidato Hugo Motta (Republicanos-PB) é o parlamentar que vem atraindo mais apoios partidários e ainda tem ao seu lado o presidente do órgão, Arthur Lira (PP-AL).

Por outro lado, Brito aposta em dissidentes para atingir o objetivo, ainda que o adversário político tenha unido até mesmo o PT e o PL em torno do seu apoio. A confirmação da candidatura do pessedista ocorreu após reunião com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, partido que mais elegeu prefeitos nas eleições municipais de 2024.

Antes das reviravoltas políticas, outro deputado federal baiano estava na disputa do cargo: o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA). Porém, após reunião com a direção nacional, a legenda decidiu retirar a candidatura dele, por entender que a sigla poderia perder espaço nas negociações de cargos na composição da Mesa Diretora.

Elmar falou em “traição” de Arthur Lira

Elmar, inclusive, disse que se sentiu traído por Lira, já que ele considera que foi “traído pelo melhor amigo”, após o presidente da Câmara dos Deputados declarar apoio Hugo Motta, então adversário do líder do União Brasil. Vale destacar que, inicialmente, Antonio Brito e Elmar fizeram uma aliança, apesar de serem de lados opostos no Estado, para tentar desbancar a candidatura de Motta.

No entanto, a aliança foi desfeita, após o União Brasil optar por apoiar o parlamentar republicano, agora favorito a vencer a disputa. Apesar de se ver enfraquecido, o líder do PSD na Casa não desistiu da candidatura e se mantém firme na corrida. A decisão será definida no dia 1º de fevereiro de 2025, data em que um dos candidatos assumirá a presidência da Câmara dos Deputados.

Atualmente, Hugo Motta tem apoio de PT, PL, MDB, PP, Podemos e União Brasil. Assim, com apenas este arco de alianças, já seria necessário para garantir ao candidato do Republicanos o número de votos necessários para comandar a Câmara. No entanto, mesmo com o favoritismo, dissidências ainda podem acontecer, deixando a disputa incerta.