Gilmar Mendes celebra Oscar de ‘Ainda Estou Aqui’ e relembra 40 anos da redemocratização: ‘Vem em boa hora’
Esta foi a primeira vez que o Brasil conquistou uma estatueta do Oscar em 97 edições da premiação

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), expressou sua satisfação pelo Oscar conquistado por “Ainda Estou Aqui”. Em postagem no X (antigo Twitter), ele destacou o prêmio como uma demonstração da força da cultura brasileira no cenário internacional. Essa foi a primeira vez que o Brasil conquistou uma estatueta do Oscar em 97 edições da premiação.
“Uma vitória que destaca a força e a resiliência de nossa cultura no mundo“, escreveu ele nesta segunda-feira (3). Mendes também elogiou o conteúdo do filme, que retrata os horrores do regime militar e seus impactos na sociedade.
“O filme, de maneira sensível, retrata os horrores do regime e suas consequências para a vida dos brasileiros. Eunice Paiva, interpretada com brilhantismo pela Fernanda Torres, é símbolo de resiliência e serve para nos lembrar que a luta pela democracia tem que ser constante“, afirmou o ministro.
O filme, de maneira sensível, retrata os horrores do regime e suas consequências para a vida dos brasileiros. Eunice Paiva, interpretada com brilhantismo pela Fernanda Torres, é símbolo de resiliência e serve para nos lembrar que a luta pela democracia tem que ser constante.
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) March 3, 2025
O filme, que foi premiado com o Oscar de ‘Melhor Filme Internacional’ no domingo (2), traz a história de Eunice Paiva, mulher do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido e morto pela ditadura militar. Mendes comentou ainda sobre a relevância do prêmio, que ocorre no mês que marca os 40 anos da redemocratização do Brasil.
“Celebramos, neste mês, 40 anos de nossa redemocratização. Em 15 de março de 1985, o então vice-presidente José Sarney tomava posse, encerrando duas décadas de ditadura no País“, afirmou o ministro.
STF e o reconhecimento da repercussão geral de casos da ditadura
O filme “Ainda Estou Aqui” também foi comentado por outros membros do STF, como o ministro Flávio Dino, que ressaltou a importância do longa no debate sobre a Lei da Anistia. Em publicação nas redes sociais, Dino afirmou que a conquista destaca a “grandiosidade da cultura brasileira”.
“Por meio de múltiplos prêmios, entre os quais o Oscar, as formas literária e cinematográfica – entrelaçadas – sublinharam a grandiosidade da CULTURA brasileira”, publicou o ministro no Instagram. O ministro também parabenizou a equipe responsável pelo filme.
“Celebramos com Walter Salles, Fernanda Torres, Selton Mello e todos os demais fazedores dessa vitória tão especial. E, claro, com a base desse monumental edifício artístico: o livro de Marcelo Rubens Paiva”, completou o ministro.
Dino afirmou que a produção atualiza a discussão sobre os crimes cometidos durante o período da ditadura militar e seus desdobramentos jurídicos. O STF, recentemente, reconheceu a repercussão geral de dois casos relacionados à ditadura, incluindo o desaparecimento de Rubens Paiva.
O reconhecimento desses casos pelo STF visa avaliar a aplicação da Lei da Anistia em crimes ocorridos durante a ditadura. A Corte decidirá, em breve, se os crimes cometidos podem ser punidos, apesar da Lei da Anistia, que até hoje tem sido um ponto controverso. A discussão envolve a possível responsabilização de militares por ações durante o regime militar.
Entre os casos analisados, destaca-se o desaparecimento de Rubens Paiva e de Mário Alves de Souza Vieira, cujos corpos nunca foram encontrados, além da morte de Helber José Gomes Goulart. Outro processo envolve a acusação de crimes cometidos pelos militares Lício Augusto Ribeiro Maciel e Sebastião Curió Rodrigues de Moura, relacionados à Guerrilha do Araguaia, entre 1974 e 1976.
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