Escritor de ‘Ainda Estou Aqui’, Marcelo Rubens Paiva critica Ana Furtado após comentário no Oscar: ‘Sem noção’
Polêmica começou quando Ana Furtado entrevistava o ator Selton Mello, um dos protagonistas da obra vencedora do Oscar de Melhor Filme Internacional

O escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens Paiva e autor do livro Ainda Estou Aqui, criticou a apresentadora Ana Furtado após um comentário feito por ela durante a cobertura do tapete vermelho do Oscar, no domingo (2).
Em sua conta no X, antigo Twitter, ele classificou a fala como “totalmente sem noção” e desnecessária. “Desnecessário. Nada a ver. Ela ignora nossas parcerias e admiração mútua. Desconsiderem… Viva o cinema argentino!“, escreveu.

Comentário gera reação imediata
A polêmica começou quando Ana Furtado entrevistava o ator Selton Mello, um dos protagonistas da obra vencedora do Oscar de Melhor Filme Internacional. Durante a conversa, o ator destacou o interesse crescente pelo cinema brasileiro.
“Os olhos para o cinema brasileiro. Todo mundo agora interessado no nosso cinema, querendo ver o que mais a gente tem. A gente tem muito para oferecer. Esse filme já é vitorioso. Se a gente ganhar o Oscar, maravilhoso. Não ganhou Oscar? Maravilhoso“, afirmou.
Foi então que Ana Furtado declarou. “Chupa, Argentina!“. Selton Mello, então, reagiu. “A Argentina tem dois [Oscars] de Melhor Filme Internacional, a gente não tem nenhum. Como assim?“. A repórter Caroline Ribeiro tentou amenizar. “Eles estão torcendo para a gente, os argentinos“. O ator concordou. “Acho que sim. São amigos, somos hermanos“.
Selton Mello dando uma aula de respeito para Ana Furtado após ela soltar um "Chupa, Argentina!".
— Nação Multiversal (@nmultiversalbr) March 3, 2025
“A Argentina tem dois Oscars de Melhor Filme Internacional, a gente não tem nenhum. Como assim?” #Oscars pic.twitter.com/UNBKm0TID8
Repercussão negativa nas redes sociais
O comentário da apresentadora gerou críticas de outros nomes públicos e perfis especializados. O jornalista Xico Sá também condenou a fala. “Desnecessário e deselegante. Viva também o extraordinário cinema dos hermanos argentinos“.
A página Cinema Argentino destacou o contexto político da Argentina. “Que desnecessário a Ana Furtado gritando ‘chupa, Argentina’ na transmissão do Oscar! Ainda mais considerando o atual momento em que o cinema argentino tem sido atacado por um governo de extrema-direita“.
Outros usuários também se manifestaram contra a atitude da apresentadora. Fabiano Marcolino classificou a situação como constrangedora. “A Ana Furtado mandando um ‘chupa Argentina’ ao vivo no red carpet e levando uma durinha do Selton Mello foi uma das cenas mais constrangedoras que já vi. Que mulher desnecessária“.
Histórico do Oscar para Brasil e Argentina
O Brasil acumula cinco indicações ao Oscar de Melhor Filme Internacional e conquistou o prêmio pela primeira vez com “Ainda Estou Aqui”. A Argentina, que já venceu duas vezes com “O Segredo dos Seus Olhos” (2010) e “A História Oficial” (1986), continua sendo o país latino-americano mais premiado na categoria.
Desde 1957, o México lidera o ranking da região em indicações, com nove no total. A Argentina vem em segundo, com oito, enquanto o Brasil ocupa a terceira posição.
Rubens Paiva parabeniza cinema brasileiro
Após a conquista do oscar brasileiro, o escritor celebrou o cinema brasileiro. “Parabéns, Waltinho. Parabéns ao cinema brasileiro. Parabéns aos artistas brasileiros“, afirmou ele, em entrevista à jornalista Julia Dualibi, da Globo. “Tomara que esse filme seja o começo de um movimento brasileiro de reabertura dos nossos arquivos, nossas memórias e registrar para sempre, para que o Brasil consiga se enxergar em uma tela de cinema“.
Ainda Estou Aqui retrata a trajetória de Eunice Paiva, mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva, em sua luta pelo reconhecimento da morte de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar. O filme foi a produção nacional de maior bilheteria desde a pandemia, arrecadando mais de R$ 100 milhões mundialmente e atraindo mais de 5 milhões de espectadores no Brasil.
Além de conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional, a obra foi indicada também nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz para Fernanda Torres, mas não venceu nessas disputas.
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