Deputado do PL pede desculpas após desejar morte de Lula: ‘Exagerei na fala’
Deputado Gilvan da Federal reconheceu que ‘cristão não deve desejar a morte de ninguém’

Um dia após ter declarado que desejava a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas nesta quarta-feira (9). A declaração havia sido dada em sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Em novo discurso no plenário, o parlamentar afirmou ter “exagerado na fala” e reconheceu que “um cristão não deve desejar a morte de ninguém“.
“Eu aprendi com o meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Um cristão não deve desejar a morte de ninguém, então, eu não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso e pagar por tudo que ele fez de mal para o nosso País, mas reconhecei que exagerei na minha fala. Peço desculpas“, disse o deputado. Confira:
ATENÇÃO: com medo da cadeia e de perder o mandato, GILVAN DA FEDERAL ARREGOU e pediu desculpas por ter pregado a morte do Lula. O deputado tentou amenizar a sua fala e alegou ser um cristão, mas terá que se entender com a polícia! pic.twitter.com/dVLrfaxcqT
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) April 10, 2025
Reação imediata na Câmara
As declarações ocorreram um dia após o parlamentar afirmar, na terça-feira (8), que “quer que Lula morra”, ao defender um projeto relatado por ele que trata do desarmamento da guarda presidencial.
A proposta foi aprovada pela comissão com 15 votos favoráveis, oito contrários e uma abstenção. O texto segue agora para a Comissão de Administração e Serviço Público.
“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra. Eu quero que ele vá para o ‘quinto dos inferno’. É um direito meu“, disse Gilvan, que seguiu.
“Nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer… Tomara que tenha uma taquicardia. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso País. E eu quero mais é que ele morra mesmo“.
Ainda na quarta-feira (9), o deputado federal Kiko Celeguim (PT-SP) e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), protocolaram um pedido para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o caso.
Na solicitação, os parlamentares acusam Gilvan de se exceder “gravemente no exercício da imunidade parlamentar”, incitando à violência e fazendo apologia de ato violento contra o presidente da República.
O pedido também solicita a instauração de investigação formal, além da adoção de medidas cautelares e apresentação de denúncia pelos crimes de ameaça, incitação ao crime, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e outros que possam ser identificados durante a apuração.
AGU e PT tomam medidas
No documento enviado à PGR, os deputados petistas mencionam investigações em curso sobre ameaças à vida de autoridades, como o caso da operação Punhal Amarelo.
“Não é demais recordar que se encontra sob investigação, processo e julgamento o caso conhecido como operação Punhal Amarelo que tinha, dentre seus objetivos, o homicídio de autoridades, especialmente do presidente da República“, destacaram.
A Advocacia-Geral da União (AGU) também protocolou, na quarta-feira (9), pedido à Polícia Federal e à PGR para que avaliem se as declarações de Gilvan da Federal estão protegidas pela imunidade parlamentar. A AGU defende a apuração dos fatos e a responsabilização do deputado, caso se confirme a infração.
Além das medidas no Judiciário, o Partido dos Trabalhadores também informou que pretende protocolar uma representação contra o deputado Gilvan no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o que pode resultar em sanções dentro do próprio Legislativo.
Redação
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