ACM Neto volta a criticar Jerônimo e acusa governador de ‘negligência’ contra à fome infantil na Bahia

O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, voltou a criticar, nesta última quarta-feira (22), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e acusou o petista de “negligência” no enfrentamento à fome infantil na Bahia. Em seu perfil oficial no Instagram, o ex-prefeito de Salvador publicou uma matéria sobre o estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) que aponta que “1,9 milhão de crianças e adolescentes baianos não têm o que comer” e diz que números são alarmantes.

Neto aponta contradições

Na publicação, ACM Neto chamou atenção para dados preocupantes relacionados à fome e pobreza infantil na Bahia. Segundo ele, apesar do discurso oficial do governo de que “cuida de gente”, os números demonstram outra realidade.

“Na propaganda, o PT diz que ‘cuida de gente’, mas, na prática, a coisa é muito diferente. Segundo a ONU, 1,9 milhão de crianças e adolescentes baianos não têm o que comer. Não dá pra fugir dessa realidade, Jerônimo. Infelizmente, esse é o retrato cruel do descaso do seu governo com as políticas de combate à desigualdade na Bahia”, bradou o ex-prefeito.

Além disso, Neto afirmou que mais de 112 mil crianças e adolescentes estão submetidos ao trabalho infantil no Estado, sendo mais da metade vivendo em situação de pobreza. Ele também mencionou que a Bahia ocupa a segunda posição nacional em número de crianças e adolescentes fora da escola.

Mais críticas

A crítica recente é apenas mais uma de uma série feitas pelo ex-prefeito da capital baiana. No início de janeiro deste ano, ACM Neto criticou a gestão do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), em relação ao avanço da violência e ao domínio de facções criminosas no Estado. A declaração foi feita após o registro de mortes e ameaças a pessoas que, segundo relatos, foram alvo por fazerem gestos supostamente ligados à facções.

Também vídeo compartilhado no Instagram, ACM Neto destacou o impacto negativo que a violência tem causado na imagem da Bahia, especialmente durante a alta estação turística.

“Começo de um novo ano, verão bombando, alta estação em nosso estado, momento que a Bahia mais recebe visitantes do Brasil e do exterior, mas, infelizmente, a imagem do nosso estado não é transmitida apenas de uma forma positiva, como nós desejávamos que fosse”, afirmou o ex-prefeito.

Neto afirmou ainda que seis assassinatos teriam ocorrido em 2024 em função dos sinais. “Somente no ano de 2024 foram registrados seis assassinatos, registros oficiais, de seis pessoas que foram mortas porque fizeram gestos aparentemente inocentes, mas que estavam ali afrontando as facções criminosas”, apontou.

Outra crítica recente feita pelo ex-prefeito está atrelada à fuga no presídio de Eunápolis no Extremo-sul da Bahia, em dezembro ano passado. De acordo com Neto, a não captura de nenhum dos 16 detentos foragidos após 1 mês mostra a incompetência da gestão do atual governador da Bahia.

Censura

ACM Neto também acusou, em dezembro de 2024, o PT e o governador Jerônimo Rodrigues de promoverem censura. Segundo o vice-presidente nacional do União Brasil, o chefe do executivo estadual e seu partido querem que suas redes sociais sejam suspensas, porque ele vem falando “sobre a atuação do crime organizado na cidade de Camaçari, além da péssima atuação do governo estadual na segurança pública”. 

“Vocês acompanharam a quantidade de absurdos, abusos e desrespeitos que aconteceram nessa campanha eleitoral. Quando a gente pensa que chegou ao fim, que nada, acontece um absurdo ainda maior. Depois do governador Jerônimo Rodrigues ter dito que iria me processar, vejam só, me processar, porque eu estou denunciando os problemas de violência e da segurança pública no estado da Bahia, o PT e ele entraram na justiça para me censurar, tentaram suspender as minhas redes sociais”, disse o ex-prefeito de Salvador, em um vídeo publicado em seus perfis.  

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