ACM Neto diz que união entre partidos é ‘inevitável’, federação entre UB e PP pode ser solução, mas não há nada definido
Presidente nacional do União Brasil participou do lançamento, em Salvador, da pré-candidatura do correligionário Ronaldo Caiado a presidente

Durante o evento que marcou o lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) à Presidência da República, em Salvador, o ex-prefeito da capital baiana e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, comentou a possibilidade de federação entre o seu partido e o Progressistas (PP). Para ele, esse tipo de agregação é “inevitável”, mas reforçou que ainda não há nenhuma decisão tomada.
“Eu sou um defensor dessa agregação de partidos. Acho que a federação pode ser uma boa solução, mas nós não estamos tratando dela nesse momento, porque hoje o foco e a prioridade aqui é o evento em torno do governador Ronaldo Caiado”, afirmou o dirigente.
Federação depende de convenção nacional
ACM Neto afirmou que, caso o União Brasil decida avançar com a proposta de federação com o PP, o movimento dependerá de aprovação formal. “Seria impossível avançar sem uma convenção. Apenas uma convenção nacional pode autorizar a União Brasil a federar com outro partido. Isso está previsto no nosso estatuto e nada será feito distante ou diferente disso”, explicou.
Nos bastidores, a possível união entre os dois partidos tem sido vista como uma alternativa para fortalecer candidaturas do campo da direita e do centro-direita com vistas às eleições de 2026.
Pré-candidatura de Caiado é ‘início de uma construção política’
Sobre a movimentação de Ronaldo Caiado rumo à Presidência, ACM Neto foi cauteloso, mas reforçou que o momento marca apenas o início de uma articulação interna. “Caiado está dando um primeiro passo com o intuito de tentar se viabilizar como pré-candidato. Existem dentro do União Brasil várias linhas de pensamento. Algumas pessoas são entusiastas da candidatura, outras ainda não fazem parte desse projeto. O partido é democrático, não tem dono, e essa construção política começa agora”, afirmou.
O ex-prefeito também explicou a ausência do presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, no evento. Segundo ele, a decisão foi tomada em comum acordo para evitar qualquer tipo de constrangimento a lideranças que ainda não aderiram ao projeto de Caiado. “Foi um pedido do próprio governador. Rueda estava à disposição para vir, mas preferiu não comparecer para não gerar desconforto”.
Unificação da direita ainda é incerta
ACM Neto defendeu a união das forças políticas que fazem oposição ao governo do presidente Lula (PT), mas disse que ainda é cedo para cravar se haverá uma candidatura única da direita em 2026.
“O ideal é que haja uma unificação de todos os projetos que fazem oposição ao PT, mas será possível? Ainda não sabemos. Tem muita água para rolar debaixo dessa ponte. Lá adiante, se o ambiente for propício a uma aliança, terá que haver entendimento em torno do nome mais forte, mais competitivo. Se for o Caiado, ótimo. Se for outro nome com a concordância dele, também. Mas isso é para o futuro”, disse.
Questionado se uma possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), poderia aglutinar a direita, Neto evitou assumir compromissos. “Existem muitas possibilidades postas. Tarcísio é uma, Caiado é outra. Lá na frente, veremos quem reúne as melhores condições”, pontuou.
Diálogo com Progressistas continuará em Brasília
Apesar de confirmar as conversas com o PP, ACM Neto esclareceu que a pauta sobre a federação será retomada em Brasília. Segundo ele, não há conflito entre esse projeto e a pré-candidatura de Ronaldo Caiado.
“Não acho que necessariamente são coisas incompatíveis. A concretização da federação e o trabalho de Caiado como pré-candidato podem caminhar juntos. Agora, tudo isso precisa ser dialogado. No fim, os dois partidos vão decidir se caminham juntos. Mas hoje, o que importa, é a homenagem ao governador”, concluiu.
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