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Haddad defende regulamentação da tributação de big techs

Haddad defende regulamentação da tributação de big techs
Ministro da Fazenda disse que medida deve ser adotada ainda este ano para 'salvaguardar os direitos soberanos do País'

A proposta de tributação das big techs aborda um imposto que já é devido pelas empresas e que precisa ser regulamentado, à luz dos pilares 1 e 2 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tratam das multinacionais e da tributação mínima global. A tese foi defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. nesta quarta-feira (11).

“Não é uma taxação propriamente dita, é uma regulamentação internacional que está sendo feita para saber o que é tributado no país onde o serviço é prestado e o que é tributado no país-sede. O Brasil vê com bons olhos a proposta da OCDE, mas ela tem que ter consequência. Já passou do tempo de regulamentar isso”, defendeu.

Ao ser questionado sobre se a taxação das big techs seria proposta no segundo semestre, conforme já previsto pela equipe econômica, o ministro disse que o Brasil provavelmente vai, ainda este ano, tomar as medidas para “salvaguardar os direitos soberanos do País em relação a essas atividades”.

Segundo Haddad, a maioria dos países que estão de acordo com a OCDE estão antecipando as medidas regulatórias “até para forçar” as nações que não aderiram ao Pilar 1 e 2 a tomarem providências.

“Porque não é justo que, em virtude da natureza do serviço prestado, não haja a devida cobrança do imposto, aqui ou na sede da empresa”, disse ele, reforçando que o Brasil avançará sobre essa regulamentação, sem prejuízo de, havendo acordo internacional unânime em torno dos pilares 1 e 2, seguir futuramente a regulação acordada pelos demais.

Valter Campanato/Agência Brasil