Alta inesperada: comércio atinge maior nível desde 2000 e mostra força da recuperação
Segundo IBGE, avanço de 0,5% no mês consolida retomada do setor e coloca varejo 9,1% acima do nível pré-pandemia

O comércio varejista brasileiro atingiu, em fevereiro de 2025, o maior patamar da série histórica iniciada em 2000, segundo os dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com alta de 0,5% no volume vendido em relação a janeiro, o setor ultrapassou o recorde anterior, registrado em outubro do ano passado e consolida uma trajetória de recuperação após meses de instabilidade.
O desempenho positivo aparece na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e reflete uma combinação de fatores como desaceleração da inflação, crescimento gradual da renda das famílias e maior estabilidade no mercado de trabalho. A média móvel trimestral, que indica a tendência do setor, também apresentou alta de 0,2%, reforçando o cenário de retomada.
Comparação com períodos anteriores
Em relação ao mesmo mês do ano passado, as vendas no comércio varejista subiram 1,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresenta expansão de 3,6%. Já em comparação com fevereiro de 2020, período imediatamente anterior à pandemia da covid-19, o varejo opera 9,1% acima do nível registrado à época.
O chamado varejo ampliado – que inclui os segmentos de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado alimentício -, por sua vez, apresentou retração de 0,4% em fevereiro frente a janeiro. Ainda assim, permanece 5,5% acima do patamar pré-pandemia.
Setores com melhor desempenho
Dos oito segmentos analisados pelo IBGE, quatro apresentaram crescimento no mês de fevereiro, com destaque para hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tiveram alta de 1,1%. Também cresceram:
- Móveis e eletrodomésticos: +0,9%
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: +0,3%
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +0,1%
De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o setor de supermercados voltou a liderar o crescimento do varejo, após seis meses de variações tímidas. A desaceleração da inflação de alimentos para consumo no domicílio – que caiu de 1,06% em janeiro para 0,76% em fevereiro – é apontada como um dos fatores que impulsionaram o resultado.
Atividades em retração
Por outro lado, quatro segmentos registraram queda no volume de vendas entre janeiro e fevereiro. O pior desempenho foi do setor de livros, jornais, revistas e papelaria, que encolheu 7,8%, reflexo da migração dos produtos físicos para formatos digitais e do fechamento de lojas especializadas, segundo o IBGE.
Também apresentaram retração:
- Equipamentos de informática e comunicação: -4,2%
- Tecidos, vestuário e calçados: -0,1%
- Combustíveis e lubrificantes: -0,1%
O segmento de livros e papelaria é o mais distante do auge histórico, operando atualmente 80,2% abaixo do pico registrado em janeiro de 2013.
Varejo ampliado: recuo no mês, alta no ano
Apesar da retração em fevereiro, o varejo ampliado cresceu 2,4% em relação ao mesmo mês de 2024. O destaque positivo ficou por conta do setor de veículos, motos, partes e peças, que avançou 10%, seguido por material de construção, com alta de 9,7%. Já o atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo teve queda de 6,5%.
Revisão de dados impacta crescimento de 2024
O IBGE também revisou os dados consolidados de 2024. Uma grande empresa do setor farmacêutico corrigiu seus números, reduzindo o crescimento da atividade de 14,2% para 7,4%. Com isso, o avanço geral do comércio em 2024 foi reestimado de 4,7% para 4,1%. Apesar da revisão, trata-se do maior crescimento anual desde 2013, quando o setor havia crescido 4,3%.
Redação
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