Produção industrial da Bahia despenca 2,6% e puxa para baixo resultado nacional
Resultado representa uma das maiores retrações entre 15 locais pesquisados pelo IBGE e contribuiu para desempenho negativo da indústria brasileira

A produção industrial da Bahia registrou uma queda de 2,6% em fevereiro de 2025 na comparação com janeiro, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma das maiores retrações entre os 15 locais pesquisados e contribuiu para o desempenho negativo da indústria brasileira no período, que teve recuo de 0,1% na média nacional.
O levantamento faz parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, que avalia o comportamento da indústria em diferentes unidades da federação. Além da Bahia, outros seis estados também apresentaram retração na produção: Ceará (-1%), São Paulo (-0,8%), Santa Catarina (-0,6%), Mato Grosso (-0,6%), Rio de Janeiro (-0,3%) e Minas Gerais (-0,2%).
Queda baiana se destaca no cenário regional
A retração de 2,6% na Bahia foi a maior entre os estados do Nordeste analisados individualmente e contrastou com o crescimento de 0,5% registrado pela região como um todo. O resultado evidencia uma perda de fôlego da atividade industrial baiana no início do ano, após um início de 2025 com relativa estabilidade.
Segundo analistas, a queda na produção pode estar relacionada a fatores como menor demanda em setores específicos da indústria de transformação, ajustes em estoques e paralisações pontuais em segmentos relevantes para a economia local, como produtos químicos e petroquímicos.
Comparativo anual também aponta retração
No comparativo entre fevereiro de 2025 e o mesmo mês de 2024, a Bahia também apresentou resultado negativo, com uma retração de 1,5% na produção industrial. Apesar de fevereiro deste ano ter contado com um dia útil a mais do que o mesmo mês do ano passado, o desempenho não foi suficiente para reverter a tendência de queda.
Esse movimento foi observado em outros estados nordestinos. Pernambuco com saldo negativo de -21,3% e Maranhão com -4%, reforçando um cenário de desaceleração da atividade industrial no Nordeste.
Alta em outras regiões compensa queda baiana
Apesar do desempenho negativo na Bahia e em outras localidades, alguns estados apresentaram crescimento significativo na produção industrial em fevereiro, o que ajudou a evitar uma queda mais expressiva na média nacional. Entre os destaques estão Pernambuco (6,5%), que liderou os avanços mensais, seguido por Paraná (2%), Pará (1,6%), Espírito Santo (1,1%), Amazonas (0,9%), Região Nordeste (0,5%), Rio Grande do Sul (0,5%) e Goiás (0,2%).
No comparativo anual, cinco dos 18 locais pesquisados apresentaram crescimento, com destaque para Santa Catarina (6%), Paraná (5,5%), Pará (5,1%), São Paulo (1,2%) e Mato Grosso (1,2%).
Indústria nacional oscila entre recuperação e instabilidade
Os dados do IBGE mostram que a indústria brasileira segue enfrentando oscilações. Enquanto o crescimento de 1,5% na comparação anual indica recuperação em relação ao desempenho de 2024, o recuo de 0,1% na passagem de janeiro para fevereiro de 2025 revela que o setor ainda opera com cautela.
Especialistas avaliam que o setor industrial segue impactado por fatores como juros elevados, custos logísticos, cenário internacional incerto e demanda interna moderada. Esses elementos influenciam o ritmo de produção, especialmente em estados que dependem de setores industriais mais sensíveis a essas variáveis.
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