Lula recepciona primeiro grupo de brasileiros repatriados do Líbano: ‘Não deixaremos ninguém para trás’
Operação foi organizada após o início da ofensiva israelense ao Líbano, no final de setembro

O presidente Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, recepcionaram um grupo de 228 pessoas repatriadas do Líbano na Base Aérea de Guarulhos (SP), neste domingo (6). Entre os repatriados, estavam dez crianças e duas cidadãs uruguaias. A operação de repatriação foi organizada após o início dos ataques de Israel ao Líbano no final de setembro.
Ao dar as boas-vindas ao grupo, Lula destacou a importância da acolhida. “Muitos já são brasileiros que estavam lá, mas aqueles que vieram para cá porque têm parente aqui, sintam-se brasileiros e brasileiras, porque nós somos um país de um coração muito generoso, e nós sabemos a importância que o povo árabe tem pela cultura estabelecida no mundo inteiro”, afirmou o presidente.
Lula também se comprometeu a continuar com a operação de repatriação. “Enquanto tiver um companheiro, seja brasileiro ou parente de brasileiro, lá no Líbano, e quiser vir para o Brasil, a gente vai buscar ele, porque nós não deixaremos ninguém para trás”, declarou. “Que vocês encontrem aqui no Brasil a felicidade que tiraram de vocês no Líbano”, completou o presidente.
Janja, por sua vez, manifestou solidariedade às famílias que permanecem na zona de conflito. “Eu queria deixar aqui o meu carinho especial para todas as mulheres e as crianças que hoje chegam ao Brasil e dizer que o nosso coração também está com as mulheres e as crianças que ficaram lá”, disse a primeira-dama.
Ela também fez um apelo pela paz: “E dizer uma mensagem para os homens do mundo: por favor, parem de matar nossas mulheres e crianças. Parem com essa guerra. O mundo precisa de paz, nós não precisamos de bombas e de mais mortes”.
Os repatriados foram recebidos por uma equipe de 35 profissionais de diversas pastas do governo federal, como Justiça, Saúde, Direitos Humanos e Relações Exteriores. A operação contou ainda com apoio da Polícia Federal, Anvisa e Receita Federal, além de 15 integrantes da Força Nacional do SUS para assistência médica e vacinação.
Segundo o governo, medidas de acolhimento, incluindo assistência social e integração ao Cadastro Único, serão oferecidas às famílias que retornaram ao Brasil. A repatriação faz parte da Operação Raízes do Cedro, iniciada pelo governo brasileiro, que prevê o resgate de cerca de 3 mil brasileiros interessados em retornar ao país devido à escalada dos ataques de Israel ao Líbano.
O Ministério das Relações Exteriores informou que priorizará brasileiros não residentes no Líbano e, em seguida, os residentes, além de categorias como crianças, idosos e pessoas com deficiência ou enfermas.
O conflito no Líbano se intensificou após uma operação do grupo Hamas contra Israel no dia 7 de outubro. Desde então, forças israelenses têm realizado ataques tanto em Gaza quanto no sul do Líbano, onde atuam contra o grupo Hezbolah, aliado do Hamas. A ofensiva israelense resultou na morte de milhares de civis, segundo o governo libanês, aumentando a necessidade de repatriação de brasileiros.
Durante o discurso, Lula criticou as ações de Israel no Líbano. “Vocês sabem que nós tivemos uma posição muito dura contra o massacre do Hamas a Tel Aviv. Mas nós temos uma posição muito dura contra o comportamento do governo de Israel, matando inocentes, matando mulheres, matando crianças, sem nenhum respeito pela vida humana”, disse o presidente. Ele também acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de buscar se vingar dos palestinos e agora dos libaneses.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil já condenou as operações de Israel no Líbano e pediu o fim imediato das incursões terrestres e ataques aéreos contra zonas civis. Em comunicado, o Itamaraty reiterou a defesa da soberania do Líbano e apelou por um cessar-fogo permanente.
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