A aquisição de drones pela Polícia Civil da Bahia foi comemorada, nesta terça-feira (15), pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindpoc), que considera a medida um avanço estratégico na luta contra o crime organizado. Segundo o presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, a nova ferramenta vai transformar a dinâmica das operações policiais, tornando mais eficazes e seguras para os policiais civis.

Para o dirigente sindical, a tecnologia representa um passo importante no processo de modernização da segurança pública baiana. “A incorporação de drones nas operações policiais é um reflexo da necessidade de modernização e adaptação às novas realidades do crime. Com essa tecnologia, conseguiremos atuar de forma mais eficiente e mais segura”, afirmou.

Monitoramento aéreo com uso de drones

Segundo Eustácio Lopes, o uso de drones vai reduzir a exposição direta dos agentes a situações de risco em áreas dominadas por organizações criminosas. O monitoramento aéreo permitirá identificar movimentações suspeitas com mais agilidade e precisão, contribuindo para o planejamento de ações mais assertivas por parte das equipes de campo.

“A expectativa é que, com a nova ferramenta, a Polícia Civil da Bahia consiga desmantelar organizações criminosas com mais agilidade e precisão”, declarou Lopes.

Investimento em segurança

O sindicalista também apontou que a aquisição dos drones demonstra o compromisso do governador Jerônimo Rodrigues (PT); do secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner; e do delegado-geral da Polícia Civil, André Viana, com o enfrentamento qualificado à violência na Bahia.

“Com a tecnologia como aliada, a esperança é que a Bahia se torne um exemplo de excelência no combate ao crime organizado, garantindo mais segurança e tranquilidade para toda a nossa população”.

Drones já em operação

A entrega dos primeiros 50 drones aconteceu, na noite da última segunda-feira (14), na sede da Polícia Civil da Bahia. Os equipamentos fazem parte do projeto Salas de Investigação e serão distribuídos entre os principais departamentos operativos da instituição.

As primeiras unidades foram destinadas aos departamentos de Inteligência Policial (DIP), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Polícia Metropolitana (Depom), de Polícia do Interior (Depin), além do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e da coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), por meio do Serviço Aeropolicial (Saer).

Está prevista a aquisição de mais 30 drones, com tecnologia termal embarcada. O investimento total supera R$ 1,5 milhão. De acordo com a Polícia Civil, os drones serão operados pelo Núcleo de Operações com Aeronaves Remotamente Pilotadas (Noarp), vinculado ao Serviço Aeropolicial (Saer), com atuação conjunta da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). O treinamento dos operadores e a integração com as agências de inteligência também fazem parte do escopo do projeto.

Normas garantem uso responsável e seguro da tecnologia

De acordo com a Polícia Civil, os drones seguem as exigências da Portaria nº 047, de 12 de fevereiro de 2025, que regulamenta o uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS) na corporação. A normativa prevê padrões de segurança operacional, conformidade com os órgãos reguladores e respeito à legislação vigente.

O uso dos drones será feito em consonância com as diretrizes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica Brasileira e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), assegurando responsabilidade institucional e eficácia no combate ao crime.