‘Agora cidadão soteropolitano não vai mais pagar Elevador Lacerda’, diz prefeito
Tarifa do cartão postal da capital baiana, no entanto, vai sofrer reajuste para turistas e usuários eventuais e sairá de R$ 0,15 para R$ 1, uma alta de 566,66%

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), anunciou, na manhã desta quinta-feira (30), que o Elevador Lacerda passará a ser gratuito para todos os cidadãos soteropolitanos. A tarifa do cartão postal da capital baiana, no entanto, vai sofrer reajuste para turistas e usuários eventuais e sairá de R$ 0,15 para R$ 1, uma alta de 566,66%. O equipamento permanece interditado para reformas e o novo valor entra em vigor quando voltar a funcionar, cuja nova previsão é final de fevereiro, antes do Carnaval de Salvador.
“É isso, agora o cidadão soteropolitano não vai pagar mais elevador Lacerda. Ele que é um equipamento também turístico. E aí, o turista pode, sim, pagar o valor a mais para ajudar na manutenção e no funcionamento do equipamento, mas usuário de salvador é gratuito a partir de agora o novo Elevador Lacerda”, disse o prefeito ao Portal M!.
Mudança na tarifa
Segundo o prefeito a tarifa de R$0,15 estava em vigor há mais de 15 anos, mas quem possui o SalvadorCard poderá utilizar o Elevador Lacerda de forma totalmente gratuita. A tarifa simbólica de R$1, conforme Reis, será cobrada apenas para quem não dispõe do cartão, utilizado em toda a frota de transporte público da capital baiana.
“O reajuste não é para o cidadão soteropolitano. Você concorda com o turista pagar R$ 0,15 ? Não tem nem a moeda para pagar. Então, o reajuste não é para quem mora aqui. O reajuste é especial para os turistas que vêm à nossa cidade e que se deparam com a nova cidade, com a transformação, em especial no centro histórico”, afirmou o prefeito ao Portal M!.
Ele ainda ressaltou que a medida está alinhada à política da gestão de oferecer melhorias na mobilidade urbana e tornar o centro da cidade mais acessível e atrativo tanto para os moradores quanto para os visitantes.
De acordo com secretário municipal de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, a manutenção mensal do Elevador Lacerda ultrapassa R$ 90 mil, enquanto a arrecadação com a tarifa anterior não chegava a R$ 25 mil. O reajuste, conforme o gestor, não tem caráter arrecadatório, já que a operação do equipamento é subsidiada pelo município.
“Continua sendo uma tarifa bastante simbólica. O que se arrecada não paga nem a conta de luz do elevador”, afirmou ao Portal M!.
Requalificação em atraso
A ordem de serviço para a reestruturação do Elevador Lacerda foi assinada pelo prefeito de Salvador em dezembro de 2023 e tinha previsão de entrega para o segundo semestre do ano passado, mas a reforma acabou sofrendo atraso. Bruno Reis chegou a dizer, no último dia 6 de janeiro, que esperava que o equipamento fosse entregue até o último dia 15 para atender à população e turistas na Lavagem do Bonfim, porém as peças não foram entregues pela empresa Otis.
A obras de requalificação do Elevador Lacerda inclui a instalação de validadores digitais, semelhantes aos dos ônibus da cidade, permitindo que usuários do transporte público utilizem o cartão Salvador Card nas catracas sem limite de uso diário. Segundo o secretário Fabrizzio Muller, houve um descompasso entre a finalização das melhorias estruturais e a instalação dos equipamentos eletrônicos, o que exigiu um ajuste no cronograma.
Protesto no Porto da Barra
Ainda em entrevista ao Portal M!, o prefeito também comentou a repercussão dos protestos de barraqueiros que acabou não dando o resultado esperado e agradou os usuários. Segundo Bruno Reis, o objetivo da gestão municipal não é retirar os comerciantes, mas garantir que as regras previamente estabelecidas sejam cumpridas, equilibrando o direito dos trabalhadores de exercerem suas atividades com o direito da população de utilizar os espaços públicos de forma ordenada.
“O protesto acho que voltou-se contra eles. Ficou evidente nas redes sociais que, pela população, não teria barraqueiro nenhum. Mas o prefeito tem o dever de equilibrar a necessidade que as pessoas têm de trabalhar, de ganhar o seu dinheiro para sustentar suas famílias com a utilização dos espaços públicos. Então, existiam regras ali, definidas e acordadas anteriormente, que não vinham sendo cumpridas e elas terão que ser”, pontou.
“Não tenho dúvidas, que o amplo apoio popular é para que as regras sejam cumpridas. Ou seja, o cidadão possa utilizar a praia, possa ter o direito de optar ou não de pagar um valor pelo sombreiro e pela cadeira e possa ter espaço público para utilizar. Tanto que eles [barraqueiros] voltaram, quando eles perceberam que a população estava contra, e se fosse desejo da população, a praia ficaria livre”, completou o prefeito.
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