Lula perde força no Nordeste e entre mulheres, diz pesquisa
Popularidade do presidente cai em seu principal reduto eleitoral e acende alerta no Palácio do Planalto

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), revela um novo recuo na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A queda nos índices de aprovação se manifesta em todas as regiões do Brasil, mas é no Nordeste, historicamente um reduto petista, que o cenário mais preocupa o governo. O levantamento mostra que a aprovação do presidente entre os eleitores nordestinos caiu de 59% em dezembro para 52% em março, enquanto a desaprovação saltou de 37% para 46%.
Além disso, a pesquisa destaca que a perda de apoio de Lula não se limita a uma região. No Sul, onde a rejeição ao governo já era elevada, o índice de desaprovação subiu para 64%, contra 34% de aprovação. No Sudeste, a desaprovação avançou de 53% para 60%, enquanto a aprovação caiu de 42% para 37%. O Centro-Oeste também registrou piora, com a aprovação caindo de 48% para 44% e a rejeição crescendo de 49% para 52%.
Mulheres e eleitores de baixa renda também recuam no apoio a Lula
Outro dado significativo do levantamento é a mudança na percepção das mulheres sobre o governo. Pela primeira vez desde o início da série histórica da pesquisa, a maioria das eleitoras passou a desaprovar Lula.
Segundo o levantamento, 53% das mulheres rejeitam a atual gestão, contra 43% que aprovam. Em janeiro, a situação era diferente: 49% aprovavam e 47% desaprovavam. Entre os homens, a avaliação negativa do presidente é ainda maior: 59% desaprovam a gestão, contra 39% que a avaliam de forma positiva.
O recuo na popularidade também atingiu eleitores de baixa renda, grupo que tradicionalmente compõe a base de apoio de Lula. Entre os que ganham até dois salários mínimos, a aprovação caiu de 56% em dezembro para 52% em março, enquanto a desaprovação avançou de 39% para 45%.
Nas demais faixas de renda, os números são ainda mais negativos. Entre os que recebem entre dois e cinco salários mínimos, 61% desaprovam o governo, enquanto 36% aprovam. Já na faixa salarial acima de cinco salários mínimos, a rejeição chega a 64%, contra 34% de aprovação.
Brasileiros avaliam que país está no rumo errado
O levantamento também apontou um crescimento no pessimismo em relação ao futuro do Brasil. De acordo com a pesquisa, 56% dos entrevistados acreditam que o país está indo na direção errada, um aumento de seis pontos percentuais em comparação com janeiro. Apenas 36% avaliam que o Brasil segue o caminho certo, enquanto 8% não souberam opinar.
A percepção negativa se estende ao cenário econômico. O número de brasileiros que consideram que a economia piorou nos últimos 12 meses subiu de 39% para 56%. Para 53% dos entrevistados, está mais difícil conseguir emprego do que há um ano, um aumento de oito pontos percentuais em relação a janeiro.
O impacto da inflação também foi sentido no levantamento. O preço dos combustíveis foi apontado como um dos principais problemas, com 70% dos entrevistados afirmando que os valores subiram nos postos no último mês. O custo dos alimentos também preocupa: 88% disseram que os preços aumentaram em março, enquanto apenas 6% perceberam redução. Além disso, 65% apontaram alta nas contas de luz e água.
No geral, 81% dos entrevistados consideram que o poder de compra do brasileiro diminuiu no último ano. Apesar disso, 44% ainda acreditam que a economia pode melhorar nos próximos 12 meses, enquanto 34% esperam uma piora e 19% projetam estabilidade.
Metodologia da pesquisa
O levantamento da Genial/Quaest foi realizado entre os dias 27 e 31 de março, com entrevistas presenciais feitas com 2.004 brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Redação
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