Certidões de óbito de vítimas da ditadura militar poderão ser atualizadas com causa oficial
Direito abrange familiares pessoas declaradas mortas ou desaparecidas
Parentes de vítimas da ditadura militar no Brasil (1964-1985) poderão solicitar nova versão das certidões de óbito. O documento atualizado deverá informar: “morte não natural, violenta, causada pelo Estado a desaparecido no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política no regime ditatorial instaurado em 1964”. As informações são da Agência Brasil.
A decisão foi aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável por regulamentar os serviços prestados pelos cartórios. O ato foi decidido na terça-feira (10), coincidindo com o aniversário de 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou a decisão como um passo para a reparação histórica. Barroso afirmou: “É um acerto de contas legítimo com o passado, marcado por um golpe de Estado que deu início a um período muito triste”.
Ele destacou ainda que, mesmo sem um pedido formal de desculpas, a medida representa um esforço simbólico para reparar moralmente as famílias das vítimas.
Verdade histórica
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, apoiou a decisão. Para ela, a alteração das certidões é um resgate da dignidade das pessoas afetadas pela repressão do regime. “Todos têm direito à verdade, e as instituições democráticas precisam ser defendidas”, afirmou a ministra.
A proposta ao CNJ foi apresentada pela pasta liderada por Macaé Evaristo, em consonância com a busca por justiça histórica para as vítimas do período.
434 casos documentados
O direito à atualização das certidões abrange familiares de 434 pessoas declaradas mortas ou desaparecidas, conforme o relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV). A CNV, criada durante o governo Dilma Rousseff, investigou violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988.
A comissão concluiu seus trabalhos em dezembro de 2014, mas entidades apontam que as investigações sobre mortes de indígenas no período permanecem incompletas. Estima-se que mais de 8 mil indígenas tenham sido assassinados durante a ditadura, sem reconhecimento formal nos relatórios oficiais.
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