O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará, nesta quinta-feira (12), por um procedimento endovascular para complementar a cirurgia realizada na última terça-feira (10), segundo boletim médico. O objetivo do procedimento é embolizar uma artéria para interromper o sangramento na região da cabeça do presidente.

A assessoria de imprensa da Presidência da República destacou que a intervenção não se trata de uma nova cirurgia, mas sim de uma etapa do pós-operatório, realizada fora do centro cirúrgico. O procedimento é um acompanhamento para garantir a recuperação de Lula após a cirurgia de emergência.

Recuperação e acompanhamento de Lula

Lula, de 79 anos, permanece internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e, de acordo com a equipe médica, ele passou a quarta-feira (11) sem intercorrências. O boletim médico informou que o presidente está lúcido, orientado, conversando e fez atividades de fisioterapia.

Além disso, o presidente também recebeu visitas de familiares, conforme permitido pela equipe médica. Durante a manhã de quinta-feira, o procedimento de embolização será realizado, e uma coletiva de imprensa será realizada para atualizar os jornalistas sobre a evolução do quadro de saúde do petista.

Cirurgia de emergência e diagnóstico inicial

Lula foi internado após sentir dores de cabeça na segunda-feira (9). Exames realizados no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, constataram um sangramento intracraniano, causado pela queda que o presidente sofreu no banheiro do Palácio da Alvorada em outubro.

De acordo com o médico Roberto Kalil Filho, que acompanha o caso de Lula, o presidente foi transferido para a unidade de São Paulo do hospital, que possui recursos mais avançados para o tratamento. A cirurgia de emergência foi realizada na madrugada de terça-feira (10) para drenar o hematoma na cabeça.

Expectativas de alta para Lula

A equipe médica responsável pelo tratamento de Lula informou que o quadro clínico do presidente é estável, mas o chefe do Executivo continua sob monitoramento intensivo na UTI. O cardiologista Roberto Kalil falou brevemente com a imprensa nesta quarta-feira (11) e disse que o presidente segue “acordado, sentado e conversando”.

Ainda segundo Kalil, não há previsão exata para a alta de Lula da UTI, mas cada dia é tratado de maneira cuidadosa. A estimativa é de que o presidente permaneça internado por mais 48 a 72 horas após a cirurgia.

O boletim médico divulgado na quarta-feira (11) destacou que o presidente permanece com um dreno em sua cabeça para evitar o acúmulo de secreções intracranianas. A equipe médica, liderada por Kalil e a Dra. Ana Helena Germoglio, acompanha de perto a recuperação de Lula.

A assessoria do Hospital Sírio-Libanês confirmou que uma coletiva de imprensa ocorrerá na manhã de quinta-feira (12) para fornecer mais detalhes sobre o estado de saúde do presidente. O cardiologista Roberto Kalil Filho reafirmou que, até o momento, o que está saindo do dreno está dentro do esperado.

Visitas restritas

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a visita ao presidente foi restrita aos familiares, conforme protocolos de segurança e saúde. O médico Roberto Kalil, responsável pelo acompanhamento clínico de Lula, informou na quarta-feira (11) que as visitas seriam limitadas a essa exigência médica.

Embora os jornalistas estejam sendo mantidos informados sobre a situação, a prioridade é manter a privacidade e o cuidado necessários para a recuperação do presidente. A previsão é que, após o procedimento desta quinta-feira, o quadro de Lula evolua positivamente, permitindo que ele deixe a UTI em breve.

Histórico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um histórico médico robusto e, conforme informado, está sendo acompanhado por especialistas como o cardiologista Roberto Kalil Filho, responsável pelo acompanhamento de sua saúde por anos. A equipe médica que cuida do presidente inclui profissionais de diversas especialidades, como a Dra. Ana Helena Germoglio, médica da Presidência da República.

O acidente doméstico ocorrido no mês de outubro de 2024, no Palácio da Alvorada, foi o ponto de partida para o problema de saúde que Lula está enfrentando. A lesão causou um hematoma que precisou ser drenado em uma cirurgia de emergência.

Recuperação e volta ao trabalho

O presidente permanece sob cuidados intensivos, mas a equipe médica se mostrou otimista em relação ao seu quadro. A previsão inicial é que Lula retorne à Brasília na próxima semana, após o período de recuperação. No entanto, a alta e o retorno ao trabalho dependerão do acompanhamento médico contínuo.

A equipe médica que está tratando de Lula destaca que, até o momento, o quadro evolui de forma satisfatória, com as expectativas de recuperação bem fundamentadas, sem complicações graves até o momento.