Bolsonaro critica diretor da PF após declarações sobre imunidade parlamentar
Ex-presidente acusa Andrei Rodrigues de se intrometer em assuntos do Legislativo; declarações intensificam embate com Arthur Lira
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, na quarta-feira (5), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, após este ter declarado que não há “imunidade absoluta” para parlamentares. A fala do chefe da PF foi uma resposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que na última quarta-feira (4) havia contestado o indiciamento de deputados federais.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro acusou Rodrigues de tentar “ensinar” ao presidente da Câmara sobre conceitos como imunidade parlamentar e liberdade de expressão. Sem mencionar diretamente o nome de Rodrigues, o ex-presidente afirmou que o dirigente está se “intrometendo em questões internas do Legislativo” e afrontando a autoridade dos parlamentares.
“Era só o que faltava: o diretor-geral da Polícia Federal agora acha que pode ‘rebater’ e ensinar ao presidente da Câmara dos Deputados o que é imunidade parlamentar, o que é liberdade de expressão e o que os deputados podem ou não falar na tribuna”, disse Bolsonaro em postagem no X, antigo Twitter.
Ele também manifestou solidariedade a Arthur Lira, ao seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e aos deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto (PL-PB), que foram indiciados pela PF.
Indiciamentos geram tensão entre PF e Câmara
O atrito começou, no fim de novembro, após os deputados Marcel van Hattem e Cabo Gilberto Silva serem indiciados pela PF por críticas ao delegado Fábio Schor durante discursos na Câmara. O policial federal é um dos responsáveis pela investigação de uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, que também resultou no indiciamento de Bolsonaro e mais 36 pessoas, incluindo militares e políticos.
Arthur Lira reagiu defendendo os parlamentares e ameaçou responsabilizar a PF por “abuso de autoridade” e disse que a Casa iria “até os últimos limites”. Em resposta, Andrei Rodrigues reafirmou o compromisso da Polícia Federal com a Constituição e as leis e que as investigações continuarão independentemente das críticas do Legislativo.
“Atrapalhar, zero. Nós não vamos afastar um milímetro daquilo que nos pauta, que é a Constituição e as leis. Isso é o que pauta todas as nossas investigações e nos dá a capacidade de dar respostas ao sistema de justiça criminal”, declarou Rodrigues.
Embate reforça disputa entre poderes
O episódio reflete a crescente tensão entre o Executivo, o Legislativo e as forças policiais no Brasil. A postura de Arthur Lira em proteger parlamentares acusados de condutas polêmicas e as declarações contundentes de Andrei Rodrigues apontam para um embate institucional em curso. Enquanto isso, Bolsonaro utiliza o episódio para reforçar seu apoio aos aliados e criticar os órgãos investigativos que o implicam em casos recentes.
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