Jerônimo rebate ‘negacionista’ e diz que sabe da responsabilidade que tem: ‘não sou de fugir’
Governador disse que oposição ainda ‘não desceu do palanque’ e só sabe criticar gestão estadual, que segundo ele, reduziu violência em Salvador
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), rebateu novamente, na manhã desta quarta-feira (23), as críticas do prefeito reeleito em Salvador, Bruno Reis (União Brasil), e do vice-presidente nacional do União Brasil, ex-prefeito ACM Neto, sobre ele ser “negacionista” em relação à violência do Estado. Segundo o petista, mesmo diante das alfinetadas, assume a responsabilidade do problema com a segurança pública.
“Eu tenho a firmeza e a certeza de que nós temos que investir mais do que nós investimos, por exemplo, para a segurança pública, eu sei. Cada morte que tem, cada sequestro que tem, aquilo me abala. Eu fico abalado quando recebo. Mas aquilo [crítica da oposição] não me abate, pelo contrário. Se eles acham que me abate com isso, não me abate. Me dá coragem. Porque eu fui eleito para isso. Eu não vou abrir mão do meu lugar. Às vezes eles recortam fala, eu falo aqui da minha responsabilidade, da obrigação da polícia. Eu não sou de fugir”, afirmou em entrevista à Rádio Metrópole.
Depois de Jerônimo dizer que “políticos oportunistas” se aproveitam de inverdades para difamar o seu governo, Bruno Reis e ACM Neto dispararam críticas ao gestor estadual. Mesmo após uma semana com ao menos 22 homicídios e chacina em Salvador e Região Metropolitana, o governador disse, nesta manhã, que reduziu os números de violência na Bahia, ao contrário do que seus opositores dizem em seus discursos.
“Nós fazemos o nosso papel, eu faço diariamente. Nós reduzimos, aqui na Bahia, comparativamente com o ano de 2023, nós reduzimos as mortes violentas em 13%. Agora nesse mês aqui em Salvador a redução é de 15%”, declarou.
Ainda na entrevista, o petista disse que seus adversários continuam achando que estão nas campanhas eleitorais e não desceram do palanque. “A gente já passou as eleições, eu já desci do palanque. Nós só temos um palanque agora que é Camaçari. Os outros acabaram. Mas tem gente que até hoje não desceu do palanque e não consegue ver nada de bom nessa Bahia”.
O governador também voltou a acusar a oposição de falar mal da polícia. A declaração divulgada na segunda-feira (21) pelo petista já foi rebatida pelo próprio ACM Neto que ainda exaltou a corporação e afirmou que os próprios policiais estão sendo vítimas das facções criminosas, que segundo o ex-prefeito de Salvador, estão tomando conta da Bahia e das principais comunidades na capital baiana.
“Não é possível que a oposição não consiga ver a Bahia grandiosa que nós temos. Se é contra mim que vem o embate, não fale mal da polícia, não fale mal do turismo. Temos que engrandecer, gerar emprego, gerar renda. Eu fui eleito para isso, para trabalhar pro povo da Bahia, na segurança, na educação, na cultura e na saúde”, complementou.
Ao rebater ACM Neto, Jerônimo destacou que o “ex-prefeito deve estar sem o que fazer” e disse que o vice-presidente nacional do União Brasil responderá na Justiça pelas acusações que fez ao PT.
“Acho que ele é secretário do partido. Ontem [terça-feira] ele fez uma irresponsabilidade. Porque nós que militamos a política, a gente tem que ajudar a limpar a política. Ele disse que o Partido dos Trabalhadores tem relações com o crime organizado. Ele vai ter que responder isso na Justiça. Vai ter que provar isso na Justiça. Nós somos da política. Se tiver alguma coisa que é de crime, entra na Justiça, averigua o que está acontecendo. Ele tem dinheiro, não precisa trabalhar”, bradou o governador.
Apoio em Feira
Mesmo com a vitória da oposição em algumas cidades da Bahia, Jerônimo reforçou que vai continuar fazendo o seu papel de governador. Como exemplo, ele citou a reunião que teve com o prefeito reeleito em Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), sobre a questão da segurança pública.
“Eu fui eleito para trabalhar pelo povo da Bahia. Pegar nas mãos do presidente, pegar nas mãos dos prefeitos. Um exemplo de segurança pública para ver se alguns aprendem: meu candidato em Feira era Zé Neto e perdemos as eleições lá. Pois bem, uma semana depois o prefeito de Feira, Colbert, me ligou querendo uma agenda sobre segurança pública. Nós nos reunimos na semana passada. Chegue aqui, sente aqui e traga as suas ideias”, completou.
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