Kamala Harris segue à frente de Trump, diz pesquisa feita após debate
Republicano vem tirando a diferença após a desistência do candidato independente Robert Fistzgerald Kennedy
Uma pesquisa da ABC News/Ipsos indica que a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata à presidência pelo Partido Democrata, Kamala Harris, manteve a vantagem de 52% sobre 46% do ex-presidente americano, o republicano Donald Trump, em intenção de votos. O levantamento foi realizado após o debate entre os candidatos, em que a democrata foi vencedora de acordo, com os entrevistados.
Dentre os votantes registrados, Kamala é preferência especialmente para mulheres (53% contra 44% para Trump) e negros (81% contra 16%), enquanto Trump lidera entre brancos (54% contra 43% para Kamala) e protestantes evangélicos brancos (79% contra 18% para Kamala).
Em relação às temáticas abordadas durante a corrida presidencial, Kamala lidera em temas como proteção à democracia americana, assistência médica, violência armada, nomeações para o Supremo Tribunal, aborto e relações raciais. Na contramão, Trump se sai melhor em economia, inflação, crimes e segurança, imigração (fronteira com o México) e guerra entre Israel e Hamas
Apesar da vantagem, a campanha de Harris se preocupa com os números que estagnaram nas pesquisas, e agora a candidata democrata tem 50 dias para conter o crescimento do adversário Donald Trump. Nas últimas três semanas, o republicano vem tirando a diferença, principalmente após a desistência do candidato independente Robert Fistzgerald Kennedy (RFK), que decidiu apoiá-lo.
Pesquisa do Instituto Marist para a National Public Radio (NPR) e a PBS News, divulgada na última terça-feira (10), mostra Kamala ainda à frente, com 1 ponto porcentual. Mas Trump já ultrapassou a democrata entre os eleitores independentes (49% a 46%) e latinos (48% a 37%) – um aumento de 14 e 19 pontos porcentuais, respectivamente.
De onde teriam saído esses votos? Segundo especialistas, o principal ‘suspeito’ é RFK. “É possível que a saída dele e o apoio a Trump, de fato, tenham tido algum impacto”, escreveu o analista Nate Silver, em seu portal Silver Bulletin.
Variações de Kamala Harris nas pesquisas
RFK chegou a ter 20% nas pesquisas, mas não passava de 5% quando desistiu da disputa, no dia 23 de agosto. Nesse exato momento, segundo o site 538, da ABC News, um dos principais modelos de previsão eleitoral dos EUA, Kamala tinha 47,3% das intenções de voto e a vantagem para Trump era de 3,7 pontos porcentuais – o ponto mais alto da curva dela até agora. Hoje, ela tem 47,2% (apenas 0,1 ponto a menos) – Trump foi de 43,6% para 44,4%.
“Embora a disputa continue apertada, Trump está aumentando suas chances de vitória”, disse James Johnson, um dos diretores do instituto J.L. Partners, que também credita o crescimento do republicano à saída de RFK da disputa.
A eleição americana, no entanto, não é direta. Ou seja, o presidente não é eleito pelo voto popular, mas por um colégio eleitoral composto por 538 eleitores, divididos proporcionalmente pelos estados. O mais populoso, como a Califórnia, tem 54 votos. O menos habitado, Wyoming, apenas 3.
Em 43 estados, porém, a eleição já está praticamente definida – a diferença entre um candidato e outro é de 10 pontos porcentuais ou mais. Esse cenário faz com que apenas sete estados tenham uma verdadeira disputa: os três do Meio-Oeste – Wisconsin, Michigan e Pensilvânia – e os quatro do chamado Cinturão do Sol – Nevada, Arizona, Geórgia e Carolina do Norte.
A demografia ajuda Trump. Para Kamala vencê-lo, ela precisa ter cerca de 3 pontos porcentuais a mais no total nacional de votos. Segundo estatísticos, isso ocorre por causa da distribuição da população e do maior peso relativo de estados rurais e menos habitados.
De acordo com o modelo estatístico de Silver, se Kamala mantiver de 3 a 4 pontos porcentuais de vantagem na votação nacional – como tinha no dia em que RFK abandonou a disputa -, ela teria 85% de chances de vencer no colégio eleitoral. Com a diferença entre 2 e 3 pontos porcentuais, como agora, suas chances caem para 56%.
Se Trump reduzir ainda mais essa vantagem nas sondagens nacionais, ficando de 1 a 2 pontos porcentuais atrás, como mostram algumas pesquisas recentes, Kamala teria apenas 26% de chances de vencer no colégio eleitoral.
Uma pesquisa nacional rigorosamente empatada dá ao republicano, de acordo com o modelo estatístico de Silver, até 92% de chances de vitória.
Kamala Harris se move para o centro
Foi explorando a demografia americana e as regras eleitorais que Trump derrotou Hillary Clinton, em 2016. Ele obteve 2,9 milhões de votos a menos, mas foi eleito presidente no colégio eleitoral (por 306 a 232), porque ganhou em estados-chave, ainda que por diferença irrisória – em Michigan, por exemplo, ele teve cerca de 10 mil votos a mais (o equivalente a 0,23 ponto porcentual).
Nas últimas três semanas, Kamala parecia imparável: arrecadou mais de US$ 500 milhões entre julho e agosto, conseguiu atrair novos voluntários para a campanha e lotou ginásios em comícios que renderam imagens impactantes nas redes sociais.
Para se reinventar, Kamala vem tentando caminhar para o centro. Segundo o New York Times, ela já abandonou algumas de suas posições identificadas com a esquerda e, em sua primeira entrevista à CNN como candidata, em agosto, sugeriu que nomearia um republicano para compor seu gabinete. Resta saber se o movimento será suficiente.
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