O governo russo negou, nesta segunda-feira (11), relatos de que o presidente Vladimir Putin teria conversado na semana passada com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a guerra na Ucrânia. Um porta-voz de Trump recusou-se a comentar, classificando as interações com líderes mundiais como “ligações privadas”.

O jornal The Washington Post noticiou no domingo que os dois líderes teriam conversado na quinta-feira, citando fontes anônimas. Segundo a publicação, Trump teria aconselhado Putin a evitar a escalada da guerra na Ucrânia, ressaltando a presença militar significativa dos EUA na Europa.

Em uma teleconferência com jornalistas nesta segunda, Dmitry Peskov, secretário de imprensa do Kremlin, declarou que “não houve conversa” entre Putin e Trump, qualificando a reportagem como “completamente falsa” e “pura ficção”.

Quando questionado sobre o assunto, Steven Cheung, diretor de comunicações de Trump, afirmou: “Não comentamos chamadas privativas entre o Presidente Trump e outros líderes mundiais”.

Durante um fórum de política externa realizado na quinta-feira em Sochi, na Rússia, Putin parabenizou Trump por sua vitória eleitoral e destacou o que descreveu como comportamento “corajoso” do republicano em um incidente de tentativa de assassinato em julho.

Peskov afirmou que “ainda não há planos específicos” para uma conversa oficial entre Putin e Trump, mas mencionou anteriormente que contatos antes da posse de Trump “não estavam descartados”.

O representante russo também negou que a administração presidencial da Rússia ou o Ministério de Relações Exteriores tenham estabelecido qualquer contato com a campanha de Trump após as eleições.