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Vixe! Quais serão os maiores partidos da Bahia? PSD quer controlar 25% das prefeituras. E Rui deve ficar fora da majoritária em 2026

Coluna Vixe! da semana
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PSD terá 25% das prefeituras

Comandado na Bahia pelo senador Otto Alencar, o PSD detém hoje o controle de pouco mais de 120 municípios baianos. Com liderança no ranking nos últimos anos, o partido deve sair maior ainda da eleição do dia 6 de outubro. A expectativa é que a sigla eleja pelo menos 130 prefeitos, o que corresponde a 25% das prefeituras baianas. Esse poderio todo é fruto do trabalho cuidadoso do senador e dos líderes pessedistas no interior.

Otto Alencar (PSD), senador

Quais serão os maiores partidos?

Depois que o PP rompeu com o governo do PT e perdeu densidade na política estadual, a dúvida agora é quem se configurará como a segunda e a terceira maiores forças políticas. Não se sabe ainda se será o Avante, comandado pelo ex-deputado Ronaldo Carletto; o PT, comandado pelo presidente Éden Valadares; ou o União Brasil, presidido pelo deputado federal Paulo Azi. Todos querem avançar e ficar no topo da política do Estado.

Ronaldo Carletto, presidente estadual do Avante

Atuação conjunta

Quem conversa com as principais lideranças do PSD sai convencido de que essa força é fruto do trabalho pessoal dos senadores Otto Alencar e Angelo Coronel e da bancada de deputados federais e estaduais da sigla. E o detalhe é que essa força será necessária para a organização da eleição de 2026. Até porque, o esperado é que um dia após a eleição municipal, os dirigentes de partidos comecem a verificar quem realmente saiu fortalecido das urnas e comecem as negociações para a disputa para o governo daqui a 2 anos.

Angelo Coronel e Otto Alencar, senadores do PSD

Novo mapa político

O novo mapa político do Estado será fundamental, inclusive, para configurar o desenho das próximas chapas majoritárias, tanto de partidos ligados ao governo Jerônimo, como da oposição. Apontado como um partido de centro, o PSD está há alguns anos aliado ao PT e isso o permite disputar espaços importantes na majoritária.

Senador Otto Alencar e governador Jerônimo Rodrigues

Candidato natural

O senador Angelo Coronel, inclusive, é apontado como candidato natural à reeleição. Só não estará na chapa se realmente não quiser. O entendimento no núcleo duro do partido é que ele é um ator político relevante, com força suficiente para estar ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), do senador Jaques Wagner (PT) e do novo candidato a vice, já que Geraldo Júnior (MDB) deverá abrir espaço para uma nova composição política da base.

Angelo Coronel (PSD), senador

Rui fora da majoritária

Quem transita com desenvoltura pelo Conselho Político do governo diz que o ministro Rui Costa dificilmente estará na chapa majoritária pelo PT ou pelo Avante, exceto se o senador Jaques Wagner abrir mão da reeleição para disputar uma vaga na Câmara Federal, como especulado nos bastidores, para eleger uma ampla bancada de federais em 2026. Apesar dessa perspectiva, as principais lideranças não apostam na ascensão do atual ministro, que pode ser levado a disputar uma vaga para deputado federal.

Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil

Força nas pequenas cidades

De volta ao PSD, o partido tem força majoritariamente nas cidades de pequeno e médio portes do Estado. Pelo visto, no entanto, esse cenário pode ser modificado, com a vitória em cidades importantes, como Itapetinga, hoje comandada pelo prefeito Rodrigo Hagge, do MDB. “Tendo o resultado que está sendo planejado, vamos com certeza consolidar nosso espaço na chapa”, como disse um deputado federal da sigla, em conversa com a Coluna Vixe!, ao completar que o PSD dá demonstrações diárias de lealdade aos governos petistas, tanto de Jerônimo na Bahia quanto de Lula, nacionalmente.

Otto Alencar (PSD), senador

Foco na eleição de 2024 e 2026

O governador Jerônimo Rodrigues está totalmente focado na eleição de prefeitos e vereadores na Bahia. Com o objetivo de sair fortalecido das urnas e pavimentar sua própria reeleição, o governador do PT não tem poupado esforços para impulsionar candidaturas de aliados. Ele sabe que a força que emergirá das urnas será fundamental para pavimentar sua recondução ao posto em 2026.

Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia

Esforço político e de gestão

O problema, que já havia sido externado publicamente por lideranças, como o senador Jaques Wagner, é a necessidade de Jerônimo dosar mais o esforço político e o administrativo. Nos últimos meses, muitas queixas passaram a recair sobre decisões administrativas do governo. Ou melhor, pela demora em colocar a máquina para rodar com mais intensidade.

Senador Jaques Wagner e governador Jerônimo Rodrigues

Reforma para azeitar a máquina

“Ainda falta planejamento. Há um vácuo de gestão, o que acaba deixando as ações das secretarias soltas”, disse um dirigente partidário, ao criticar a falta de um “gerentão” no governo, que ligue, cobre, demande, planeje e faça a máquina do Estado andar na velocidade esperada. Diante desse cenário, o próprio governador já passou a desenhar, pessoalmente, as mudanças que fará no governo entre os meses de novembro e dezembro. O objetivo é corrigir rumos e intensificar as entregas e benfeitorias para a população.

Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia

Neto provoca Jerônimo

O ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) utilizou suas redes sociais essa semana para publicar uma imagem de um evento político em Ibicaraí, onde esteve ao lado da prefeita Monalisa Tavares, do seu partido. A foto, que mostra uma multidão, foi acompanhada de uma comparação direta com um ato realizado pelo governador Jerônimo, na mesma cidade, que teria contado com menor participação popular.

ACM Neto e Jerônimo Rodrigues em Ibicaraí

Estratégia para se tornar competitivo

Na postagem, Neto destacou a diferença de envolvimento com a população local ao longo dos anos. Diante da força do PT nas cidades pequenas, o ex-prefeito de Salvador já entendeu que terá que intensificar suas andanças pelos municípios, caso queira se tornar realmente competitivo para a disputa ao governo em 2026.

ACM Neto, ex-prefeito e vice-presidente nacional do UB

‘Sincericídio’ em SAJ

O prefeito de Santo Antônio de Jesus, Genival Deolino (PSDB), teve um ataque de ‘sincericídio’ durante o evento de lançamento do seu plano de governo recentemente. O prefeito assumiu para seus eleitores que fez um primeiro mandato “mediano” diante dos graves problemas que o município enfrenta. Beneficiado pela injeção de recursos, sobretudo de emendas parlamentares desde o começo do ano, Deolino pediu uma segunda chance para a população de SAJ.

Genival Deolino (PSDB), prefeito de Santo Antônio de Jesus

Bancada de vereadores

Diante da desidratação do candidato Geraldo Júnior, segundo as últimas pesquisas eleitorais, o Partido dos Trabalhadores tratou de reeditar a estratégia de criar comitês em bairros populosos da cidade, com o objetivo de eleger uma ampla bancada de vereadores. No final de semana, inclusive, foi inaugurado um comitê no Nordeste de Amaralina, nas 2ª e 13ª zonais do partido, com a função organizar atividades de campanha, com distribuição de material, realização de bandeiraços e panfletagens. O temor é que a federação PT, PCdoB e PV perca de uma a duas cadeiras na Câmara Municipal de Salvador. A candidata a vice, Fabya Reis, estava presente no ato.

Fabya Reis (PT), candidata a vice na chapa de Geraldo Jr

Reviravolta na Câmara

O deputado federal Otto Alencar Filho (PSD) afirmou essa semana que a ruptura entre os deputados Elmar Nascimento (UB) e Arthur Lira (PP-AL) pode tornar “mais competitiva” a candidatura do correligionário Antonio Brito (PSD) à presidência da Câmara Federal. Segundo o deputado, essa reviravolta pode desencadear numa possível aliança entre o PSD, MDB e União Brasil para a eleição de Brito na Câmara e Davi Alcolumbre (UB) no Senado. No entanto, falta ainda convencer Elmar tirar o time de campo.

Antonio Brito (PSD) e Elmar Nascimento (UB)

Costura com o Senado

Segundo admitiu o deputado, a costura do apoio na Câmara tem relação direta com a eleição do Senado, onde seu pai, senador Otto Alencar, lidera o PSD com 15 senadores. “Porque o maior partido do Senado é o PSD, que são 15 senadores. E o único cara que tem condição de ir para a eleição e concorrer com Davi Alcolumbre é o senador Otto Alencar, é o único, não tem outro”, explicou Otto Filho. No entanto, o senador, em recente entrevista ao Portal M!, afirmou que abriria mão da possível candidatura para ajudar na composição da Câmara.

Otto Alencar Filho (PSD), deputado federal

Candidatura ganha relevância

Com a adesão de Elmar à aliança liderada pelo PSD e MDB, o governo Lula ganha um novo bloco de apoio na Câmara. Essa movimentação enfraquece a base de Lira, que até então controlava boa parte dos partidos de centro-direita, como PP, Republicanos e PL. A candidatura de Brito também ganha relevância ao oferecer uma alternativa mais alinhada aos interesses do governo federal. Nos bastidores, há a expectativa de que o bloco liderado pelo PSD traga maior estabilidade política para o presidente Lula, sobretudo na segunda metade do seu mandato. Isso porque, tanto Elmar quanto Brito, têm buscado construir um diálogo direto com o PT, inclusive oferecendo a primeira vice-presidência da Casa.

Antonio Brito e presidente Lula

Arte/Haron Ribeiro