Vixe! Jerônimo quer menos políticos pra melhorar secretariado. A reforma de Bruno e os espaços de ACM Neto. E a confusão no PSB
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Esforço político e de gestão
Passado o segundo turno da eleição, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) confirmou que fará uma reforma no seu secretariado até o dia 31 de dezembro. A informação havia sido divulgada em primeira mão pela Coluna Vixe! do dia 28 de agosto. A mudança na composição do governo estadual atende a uma demanda do próprio grupo, encabeçado pelo PT, que tem criticado nos bastidores a falta de eficiência em órgãos e secretarias, exigindo mais equilíbrio entre as ações políticas e de gestão do governador.
Queixas recorrentes
Nos últimos meses, muitas queixas passaram a recair sobre decisões administrativas do Estado, sobretudo, a demora em colocar a máquina para rodar com mais eficiência. O entendimento é que nomes, como o do deputado federal Sérgio Brito (Secretaria de Infraestrutura) e Jusmari Oliveira (Desenvolvimento Urbano) devem ser substituídos por quadros mais técnicos e com perfis menos políticos, indicados pelo próprio partido, o PSD. Jusmari deve retomar o mandato na Assembleia, já que ela é a primeira suplente do partido e o deputado Eures Ribeiro deve renunciar para assumir como prefeito de Bom Jesus da Lapa.
Reforma para azeitar a máquina
Pelo que se comenta no próprio PT, Jerônimo reconheceu que há um vácuo de gestão no seu governo, o que acaba deixando as ações das secretarias soltas. Falta alguém que ligue, cobre, demande, planeje e faça a máquina do Estado andar na velocidade esperada. Na segunda, inclusive, durante evento no Aeroporto de Salvador, o governador admitiu que o objetivo era corrigir rumos e intensificar as entregas e benfeitorias para a população baiana.
Governo qualificado
Jerônimo disse que quer “qualificar mais ainda o governo”, com um perfil mais técnico. “Terá participação, diálogo dos partidos, mas eu vou pedir que seja um currículo que possa me ajudar. Fiz uma encomenda, espero que eu consiga chegar em 31 de dezembro com 300 municípios visitados. Então, isso vai requerer uma retaguarda tanto quando eu viajo, para que fique aqui, quanto quem me acompanha, para poder deslanchar nas ações de entregas e novos anúncios”.
A volta de Cavalcanti
Entre as apostas de mudança está a Casa Civil, onde o secretário Afonso Florence deve ser substituído pelo ex-secretário Marcus Cavalcanti, que deve ser liberado pelo ministro Rui Costa para ajudar na gestão da Bahia. Até o entendimento com o ministro já teria sido iniciado, sobretudo, devido Rui entender que o auxiliar já cumpriu as suas principais missões no âmbito do governo federal.
Os caminhos de Florence
Com isso, o secretário Afonso Florence deve ser deslocado para outra secretaria. Duas possibilidades são cogitadas. Uma delas é a pasta de Desenvolvimento Rural (SDR) e a outra, a de Planejamento (Seplan). Há quem diga ainda que ele pode ser convidado a assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) ou ainda voltar para Brasília. Tudo dependerá de uma conversa entre ele e o governador.
Mudança na SDR
Outro nome do PT que deve ser substituído é o do secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, que deve reassumir o mandato na Assembleia Legislativa. Pelo que se fala na Governadoria, Jerônimo já teria começado a dialogar com a direção do seu partido para viabilizar essa operação. A expectativa, inclusive, é que nem o PT nem as siglas aliadas criem problema para as mudanças no secretariado, já que o próprio governador fez vários gestos de fortalecimento político para os partidos da base.
A reaproximação com o PP
No bojo da reforma do secretariado está também o projeto de reaproximação do governo com o PP, comandado na Bahia pelo deputado federal Mário Negromonte Júnior, que rompeu na eleição de 2022 e marchou ao lado de ACM Neto (União Brasil). Pelo que se comenta na Governadoria, Jerônimo quer entregar a Seplan para os progressistas.
Aposta do PP
O problema estaria sendo a escolha do nome, de alguém que pudesse unificar o partido. No banco de apostas, cresce o secretário-geral do partido, Jabes Ribeiro, que dialoga com as duas correntes do PP. A única certeza que se tem é que o novo titular do Planejamento não será um deputado estadual, já que a ascensão de um progressista abriria vaga para Soraia Cabral, primeira suplente da legenda e esposa de Dr. Pitágoras (PP), prefeito de Candeias.
Vai, mas volta
E por falar no PP, o que se comenta no partido é que de nada adiantará a pressão dos deputados estaduais da sigla para se aliar ao governo Jerônimo. O entendimento junto aos progressistas é que, caso decidam aderir, será por tempo determinado. “Já que o PP deverá marchar mesmo com ACM Neto em 2026”, como disse um integrante da sigla, ao explicar que só a oposição pode ajudar na montagem do partido para a disputa para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa. “O PT não consegue dar 300 mil votos de rabada, que ajude na eleição de nossos deputados”, como explicou outro progressista.
Bruno e os espaços de Neto
Mal terminou a eleição de Camaçari e todas as atenções se voltam agora para as mudanças que o prefeito Bruno Reis fará no seu secretariado em Salvador. Os aliados do União Brasil estão em pavorosos com os rumos que ele pretende dar a seu segundo governo. Até a semana passada, o clima era de grande expectativa na Câmara Municipal. A informação que tem circulado é que o prefeito deve “rever” os espaços controlados por seu antecessor ACM Neto. Há quem diga que ele fará ajustes no tamanho do apetite do aliado.
Dois vereadores no Executivo
Até a última semana, havia quem dissesse que seriam indicados até cinco vereadores para a Prefeitura de Salvador, na tentativa de acomodar os suplentes no Legislativo. No entanto, o jogo virou e só dois devem ser convocados para integrar o Executivo. No banco de apostas é dado como certo o retorno do vereador Luiz Carlos Souza (Republicanos) para a Secretaria de Infraestrutura, cargo que ocupava até abril do ano passado. O republicano deverá voltar para dar espaço para o primeiro suplente, Beca.
Aposta do União Brasil
Já no União Brasil, o vereador Kiki Bispo, líder do governo na Câmara, deve ser alçado à condição de secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza. O movimento tem o objetivo de acomodar o primeiro suplente Orlando Palhinha. Até então cotada para voltar para a Prefeitura, a vereadora reeleita Marcelle Moraes não deverá retornar para a pasta de Sustentabilidade. A previsão é que ela se dedique ao próprio mandato e trabalhe sua possível candidatura a estadual em 2026.
Ninguém do PDT
Apesar da expectativa, o PDT não deverá indicar nenhum vereador para o Executivo. Como não há previsão de acomodar parlamentares eleitos, o primeiro suplente, Zilton Kruger, que é apadrinhado pelo deputado federal Léo Prates, deverá ser reaproveitado na Codecon, cargo que ocupava até abril, quando saiu para disputar uma vaga na Câmara Municipal.
A cota do PSDB
O PSDB saiu fortalecido da última eleição em Salvador, após garantir a vitória de seis vereadores na federação com o Cidadania. A expectativa é que o partido, que era comandado na Bahia pelo deputado federal Adolfo Viana, fique com a Secretaria Municipal de Educação. Isso, apesar da campanha “Fica, Thiago”, promovida pela vereadora Roberta Caires, que foi beneficiada diretamente por Dantas no último pleito. A aposta é que o titular da Semge, Rodrigo Alves, seja indicado por Adolfo para o posto.
Paz e amor com os tucanos
E o detalhe, por mais que tenha crescido nos últimos dias o movimento para indicação da vice-prefeito Ana Paula Matos para a Educação, na tentativa de apaziguar os ânimos na base, o que se fala na Praça Municipal é que o prefeito Bruno Reis não vai querer quebrar o acordo feito com os tucanos, aliados de primeira hora na sua gestão. O partido quer comandar a pasta, como fazia no governo ACM Neto e, por isso, não vai deixar Ana Paula assumir o posto.
Clima tenso no PSB
O clima pesou essa semana durante uma reunião da Executiva do PSB, em Salvador. Os ânimos alterados mostraram como a sigla está dividida na capital baiana. Dedos em riste, acusações de favorecimento a candidatos, choro e até mesmo questionamentos sobre a real necessidade de filiar o cantor Igor Kannário em seus quadros, deram o tom do encontro socialista. A entrada do “príncipe do gueto” e a aposta velada em Rodrigo Hita quase deixou o partido numa situação delicada, ou seja, sem representante no Legislativo da capital. O atual vereador Sílvio Humberto quase ficou de fora e perdeu a reeleição para a Câmara. Ele entrou na rabada.
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