Segurança, praia particular e água especial: as exigências dos líderes mundiais para o G20 no Rio

A Cúpula de Líderes do G20, que acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, exige um intenso trabalho de logística e segurança para acomodar as exigências dos presidentes e suas comitivas. O evento contará com a presença de chefes de Estado de 19 países membros, além da União Africana e União Europeia.

As demandas dos líderes incluem requisitos específicos, como alimentos e água de marcas exclusivas, e até a necessidade de praias isoladas para eventos privados.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chega ao Brasil neste domingo (17). No entanto, dois aviões estadunidenses já aterrissaram no Rio de Janeiro com equipamentos, alimentos e água destinados à comitiva presidencial. Além disso, as aeronaves trouxeram um helicóptero e o carro oficial que Biden usará para seus deslocamentos durante a Cúpula.

Já a comitiva do presidente da China, Xi Jinping, exigiu medidas ainda mais rigorosas de segurança. Um dos pedidos foi o isolamento total de uma praia na zona sul do Rio de Janeiro, além de vistorias nos 400 quartos do hotel onde ele ficará hospedado.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, não estará presente na Cúpula do G20 e será representado por Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores. A ausência do líder russo foi confirmada após o procurador-geral da Ucrânia ter pedido ao Brasil que cumprisse o mandado de prisão contra Putin, decretado pelo Tribunal Penal Internacional em março de 2023.

Durante a Cúpula do G20, que reunirá 55 comitivas de 40 países e 15 organizações internacionais, as demandas de segurança têm sido tratadas com especial atenção pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Polícia Federal.

O esquema de segurança da Cúpula será amplamente composto por 26 mil agentes, que estão em operação desde esta sexta-feira (15), de acordo com os organizadores. Esses profissionais serão distribuídos em pontos-chave da cidade, com foco na proteção dos líderes e na prevenção de qualquer incidente que possa afetar a segurança do evento.

Os organizadores também destacam que, para garantir a segurança, os países participantes do G20 foram classificados conforme os níveis de risco. Estados Unidos, China, Rússia e Israel foram classificados no nível de risco alto, enquanto a Coreia do Norte tem um risco médio, e as nações africanas foram classificadas com risco baixo.

O General Lúcio Alves de Souza, chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Leste, ressaltou que o Brasil está preparado para lidar com a magnitude da Cúpula do G20.

“Nós já tivemos vários grandes eventos aqui no Rio de Janeiro, uma sequência deles. Tudo dentro desse cenário que conhecemos. Está sendo montado um grande aparato de segurança. Não só com as Forças Armadas, mas com os órgãos de segurança pública e com as outras agências”, afirmou.

De acordo com o General Lúcio Alves, a segurança montada para a Cúpula do G20 é robusta e bem coordenada entre as diferentes forças de segurança.

Com a proximidade da Cúpula, o Brasil tem intensificado os preparativos para o evento, considerando não apenas as questões logísticas e de segurança, mas também as implicações diplomáticas de hospedar líderes de nações com diversas tensões geopolíticas.

Já cheguei no Rio de Janeiro e dei meus parabéns ao companheiro @eduardopaes pelo seu aniversário. Juntos, vamos fazer um grande G20 na cidade maravilhosa.

📸 @ricardostuckert pic.twitter.com/3ZClvixmoH

— Lula (@LulaOficial) November 14, 2024