‘Quadrilha que se formou com ímpeto de derrubar democracia’, avalia Wagner após Bolsonaro ser indiciado
Senador repudiou plano golpista e disse ser uma ‘alerta para a população brasileira’
O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou, na manhã desta sexta-feira (22), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “foi indiciado porque seguramente o entorno dele todo sabia e é difícil ele dizer que não sabia ou que não autorizou” a tentativa de golpe de Estado, após a eleição do presidente Lula (PT) em 2022. A declaração foi dada ao editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, ao chegar na reunião partidária do PSB para discutir alinhamento político com prefeitos e vices eleitos em outubro.
“É uma quadrilha que se formou com o ímpeto de derrubar a democracia. Mas está a cargo da Justiça, não se trata de uma vontade política. Eu acho que é um alerta para a população brasileira”, declarou o petista ao chegar de cadeira de rodas no evento em Salvador, já que se recupera de uma cirurgia no joelho.
Bolsonaro e outras 36 pessoas agora aguardam pronunciamento da Procuradoria-geral da República se a denúncia será aceita ou não. A investigação contou com um conjunto robusto de provas, incluindo mensagens de celular, vídeos, gravações e depoimentos de colaboradores. Além disso, a PF revelou um plano que pretendia matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao Portal M!, Wagner também repudiou o ataque à democracia e disse que o retrocesso não seria permitido. Segundo o senador, “a maioria das forças armadas rejeita esse caminho, até porque é um caminho que já foi rejeitado no mundo inteiro”.
“Eu digo sempre: ser conservador é um direito de qualquer pessoa. Tem conservador, tem liberal, tem de esquerda e direita. O que não é de direito de ninguém, pelo menos debaixo da constituição brasileira, é tramar contra a democracia. O que se pretendia ali era, de novo, um regime ditatorial mandado por alguns. Ele [Bolsonaro] sabe que uma aventura dessa levaria o país ao absoluto isolamento internacional. Não há espaço para isso aqui. E, portanto, eu acho que é uma coisa extremamente grave para aqueles que, de boa fé, acompanhavam essa pseudo liderança”, lamentou Wagner, que já havia comentado em suas redes sociais que a revelação mostra que a oposição não soube perder e se moveu “pelo ódio e pela intolerância”.
O líder do governo Lula no Senado, que está licenciado do cargo até pelo menos dezembro, ainda alertou os apoiadores de Bolsonaro, “por achar que ele representava um pensamento conservador”. Segundo o petista, uma coisa é ser conservador e outra coisa é “ser um fanático, antidemocrático, destruidor da democracia”.
“É bom escolher lideranças mais equilibradas para tocar as coisas. Eu acho que isso aqui não se trata de lado de esquerda e direita, se trata de lado democracia ou não. Como a gente já viveu, na história recente do país, vários episódios de ditadura, eu tenho convicção que as pessoas preferem se manter com a liberdade dentro da democracia”, finalizou Jaques Wagner.
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