Outubro registra alta na confiança dos empresários de serviços, impulsionada por bares e restaurantes

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou dados que apontou o Índice de Confiança de Serviços (ICS), apontando que em outubro houve um avanço de 1,4 ponto em relação a setembro, alcançando 95,2 pontos. O resultado marca o maior patamar dos últimos meses, o que reflete uma tendência de recuperação no setor de serviços, especialmente na área de alimentação. 

Segundo o economista da FGV, Stéfano Pacini, “a melhora da confiança em outubro reflete a percepção dos empresários sobre a recuperação gradual da demanda e uma expectativa mais positiva para o futuro próximo. O crescimento dos gastos das famílias, ainda que moderado, tem sido um dos principais fatores para esse avanço”.  

O ICS é composto pelo Índice da Situação Atual (ISA-S), que avalia a percepção dos empresários sobre o momento presente, e o Índice de Expectativas (IE-S), que faz projeções para os próximos meses. Ambos os índices tiveram um aumento de 0,7 ponto e 1,9 ponto, respectivamente, o que indicam uma melhora na avaliação do presente e nas expectativas futuras dos empresários. O Índice de Confiança mede a percepção. 

“O avanço no ICS é um reflexo de um cenário econômico mais favorável e de uma retomada no consumo. Com o aumento da confiança dos empresários, vemos um crescimento na intenção de investimentos e, consequentemente, na abertura de novas empresas no setor”, disse Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, ao destacar a importância do crescimento dos dados, para o setor da alimentação fora de casa.  

Os dados mais recentes revelam que o crescimento do setor de serviços acompanha a elevação dos gastos das famílias, e apesar de ter um futuro otimista, há preocupação com fatores conjunturais. “O setor de alimentação fora do lar ainda tem parte das empresas em situação dívidas e dificuldade de faturamento. Um dos motivos para essa dificuldade, a nosso ver, é o desvio de dinheiro do consumo para as apostas online, as chamadas bets. Isso impede que o setor aproveite completamente este quadro de desemprego baixo e mais poder de compra da população”, concluiu Solmucci.