Presidente da Embasa diz que acordo com Prefeitura de Salvador está ‘bem encaminhado’ e proposta prevê R$7 bi em investimentos
Segundo Leonardo Góes, investimentos envolvem recuperação ambiental, coleta de esgoto, duplicação de adutoras e acesso à água

O presidente da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Leonardo Góes, afirmou, nesta terça-feira (10), que a repatriação do contrato com a Prefeitura de Salvador “está bem encaminhado”. Segundo ele, a proposta da empresa prevê o investimento de R$ 7 bilhões na capital baiana, entre ações de recuperação ambiental, coleta de esgoto, duplicação de adutoras e promoção do acesso à água.
Investimentos em recuperação ambiental e rios urbanos
“Está bem encaminhado. Falta fechar aí alguns pontos, falta praticamente assinar”, iniciou. “Nossa proposta é investir cerca de R$ 7 bilhões em Salvador. Entram nessa proposta, a recuperação ambiental, e a gente está falando de saneamento ambiental da região da Ribeira, toda a parte de revitalização e saneamento dos rios urbanos, o Rio Camarajipe, temos um projeto grande, inclusive espelhado no Rio Pinheiro, em São Paulo”, revelou.
Coleta de esgoto enfrenta desafios
Sobre a coleta de esgoto, Leonardo Góes revelou que a capital conta com quase 90% de coleta de esgoto, e afirmou que as demais áreas enfrentam dificuldades em função do “relevo da cidade”. “Essa parcela de 10% que são áreas de difícil coleta, por causa do relevo da cidade, a gente tem soluções individuais”, pontuou.
Duplicação de adutoras e segurança hídrica
Já sobre as adutoras, o presidente da Embasa ressaltou que a duplicação da capacidade de segurança hídrica, tem o objetivo de aumentar a disponibilidade de água em Salvador, principalmente da barragem de Santa Helena. “Para que quando a gente faça aquelas velhas paradas programadas, que a gente tem que desligar 60% da cidade, que a gente faça isso, de forma menos impactante, que a gente tenha alternativas de abastecimento, e com isso, preste um serviço melhor”, disse.
Melhorias no acesso à água e combate às perdas
Ao falar sobre o acesso à água, Góes garantiu que a única exceção na capital pode ser no Cassange, em função “de outros motivos”. “Mas, a qualidade. Aqui você tem um outro nível de cobrança, quem tá aqui quer regularidade no abastecimento, quer receber água no 5º ou 8º andar com a mesma qualidade, e tem também uma questão de combate às perdas. A gente está discutindo alternativas para melhorar nossa performance, diminuir as perdas e evitar com isso, gastos de recursos, em obras de infraestrutura desnecessárias. Fazer isso também é outra parte do pacote de investimento que está discutido com o município de Salvador”, pontuou.
Compromissos e segurança jurídica no contrato
Relevância econômica da RMS
Góes também revelou que a repactuação pode ser a pauta “mais importante da empresa”, já que 40% do faturamento da Embasa é oriunda de Salvador e da Região Metropolitana (RMS). “Então a gente tem um convênio da década de 20, de 1925, que rege a relação entre o Estado, a Embasa e o município. O que a gente tem buscado e discutiu ano passado foi colocar compromissos de investimentos da Embasa. A gente tem obrigações a cumprir para universalizar o saneamento em Salvador e também fazer investimentos para melhorias do abastecimento de água. Então esses são os compromissos”, observou.
Fundo de saneamento e urbanização integrada
Apesar dos compromissos, o presidente da Empresa revelou que tem buscado a “regularidade e a segurança jurídica” para captar investimentos e fazê-los em Salvador. Segundo ele, outra temática importante e que tem sido discutida com os municípios, é a participação no próprio resultado da companhia. Dessa forma, o município, através de um fundo de saneamento, poderá fazer os investimentos em drenagem e pavimentação.
“Para que a gente possa fazer algo coordenado em uma urbanização integrada, a exemplo do Mané Dendê, por exemplo, onde o Estado entra com uma parte e o município. Então isso foi equacionado, as condições comerciais aceito pelas partes, fechamos isso, mas já chegou quase no finalzinho já da reta, iniciando o período eleitoral e esse repasse de recursos para o fundo poderia, no ano eleitoral, causar algum tipo de interpretação, enfim, porque você está falando de participação de receita. Então acho que esperamos passar o momento da discussão, para que não contaminasse uma discussão que é técnica, acho que é interesse do município, dos munícipes e com certeza da própria Embasa em celebrar esse acordo, esse contrato”.
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