Mortes violentas no Brasil diminuem 3,4% em 2023, aponta monitoramento de segurança pública
Apesar da redução, foram registradas 46.328 mortes violentas intencionais em todo o país no ano passado, o que representa 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes
Em 2023, as mortes violentas no Brasil diminuíram em relação a 2022, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18). De acordo com os dados, houve uma queda de 3,4% no período de um ano.
Apesar da redução, foram registradas 46.328 mortes violentas intencionais em todo o país no ano passado, o que representa 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.
Os dados fazem parte da 18ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apuradas pela Agência Brasil.
O chamado índice de mortes violentas intencionais (MVI) inclui as vítimas de homicídio doloso, entre elas as vítimas de feminicídios; vítimas de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte; de lesão corporal seguida de morte; e, mortes decorrentes de intervenções policiais.
Para o coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques, a queda, ainda que não seja tão expressiva, é motivo de comemoração, mas também, de alerta, uma vez que o Brasil segue sendo um país violento.
“É um feito importante para um país do tamanho do Brasil ter uma redução de 3,4% que, na verdade, se soma a uma tendência de redução que a gente vem acompanhando desde 2018”, diz e ressalta: “A gente teve 46.328 mortes violentas intencionais em 2023. Ainda é um número bastante alto. O Brasil tem aproximadamente 3% da população mundial, mas concentra 10% dos homicídios registrados no mundo. As nossas taxas de homicídio ainda mostram que o Brasil é um país extremamente violento”.
Segundo o Anuário, em termos globais, a taxa de MVI, ou seja, 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, é quase quatro vezes maior do que a taxa mundial de homicídios, que, segundo dados das Nações Unidas é de 5,8 mortes por 100 mil habitantes.
Cidades mais violentas
O município de Santana, no Amapá, lidera o ranking das dez cidades mais violentas no país, com 92,9 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes.
O índice é mais do que quatro vezes maior que o nacional. Em seguida estão: Camaçari (BA), com 90,6; Jequié (BA), com 84,4; Sorriso (MT), com 77,7; Simões Filho (BA), com 75,9; Feira de Santana (BA), com 74,5; Juazeiro (BA), com 74,4; Maranguape (CE), com 74,2; Macapá (AP), com 71,3; e Eunápolis (BA), com 70,4. Seis dessas municipalidades estão no estado da Bahia.
Considerando as regiões, Norte e Nordeste são as regiões mais violentas. Na análise do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nessas duas regiões estão localizados os estados que estão convivendo com um quadro acentuado de disputas entre facções de base prisional por rotas e territórios e, ao mesmo tempo, concentram a maioria dos estados com altas taxas de letalidade policial.
As maiores taxas de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes são: Amapá, com 69,9 mortes por 100 mil habitantes; Bahia, com 46,5; e Pernambuco, com 40,2. As menores taxas são as de São Paulo, 7,8; Santa Catarina, 8,9; e, Distrito Federal, 11,1.
Mais Lidas
Cidade baiana receberá novo campus de universidade federal; saiba qual
Carnaval 2025: curso gratuito capacita blocos culturais para garantir apoio
Cidades
Corrida 21k Salvador estreia em 2025 com parceria da Olympikus
SSP-BA anuncia prisão de 92 líderes de facções e apreensão de 77 fuzis
Polícia Militar deflagra mais uma edição da operação Força Total Nacional
Últimas Notícias
Aumento nos juros básicos ameaça a recuperação econômica do país, afirmam CDL Salvador e FCDL Bahia
Entidades apontam que elevação deve aumentar os custos tanto para as famílias quanto para os consumidores que dependem de crédito
Carol Pereyr e Franco Setúval lançam single ‘Mais tanto amor’ em celebração ao Dia do Músico
Lançamento no gênero MPB romântico ocorre nesta sexta-feira (22), data que também marca o aniversário de Setúval
Éden Valadares diz que o mundo ‘olha para o Brasil assustado’ após indiciamento de Bolsonaro por golpe
Presidente do PT na Bahia considerou o indiciamento um primeiro passo importante, mas alertou para a necessidade de rigor nas etapas seguintes
Haddad diz que pacote de cortes que será anunciado até terça-feira
Pacote de cortes será definido em reunião com Lula. Haddad prevê economia de R$ 2 bilhões por ano
Governo federal pede desculpas pela escravidão e reforça compromisso com igualdade racial
Evento marcou um momento simbólico no reconhecimento histórico da dívida social do Estado brasileiro com a população negra
Mauro Cid mantém benefícios da delação após esclarecer contradições à PF
Decisão ocorreu após audiência de três horas, na qual o ministro avaliou que Cid esclareceu omissões e contradições em depoimento anterior
ViaBahia aguarda decisão do TCU em repactuação para novos investimentos rodoviários
Tribunal analisa as condições para a aprovação da repactuação de contratos
MPBA defende prisão preventiva de membros de facções em audiências de custódia
O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) publicou no Diário de Justiça Eletrônico, nesta quinta-feira (21), novos enunciados aprovados pelo Conselho dos Procuradores e Promotores de Justiça com Atuação na Área Criminal (Concrim), que orientam sobre a conversão da prisão em flagrante em preventiva em casos relacionados a facções criminosas. O Enunciado 38 estabelece […]
Luiz Caetano aponta atraso na transição de governo em Camaçari e diz que Elinaldo ainda não instalou Comissão de transmissão
Petista revelou já ter entregado os nomes que compõem a comissão de transmissão há cerca de 15 dias
Secretário-geral do PL diz que indiciamento de Bolsonaro é ‘incessante perseguição política’
Indiciamento foi motivado pela participação nos atos antidemocráticos