Capitã da PM morre após complicações de gripe H1N1 na Bahia

A capitã da Polícia Militar da Bahia, Milena Costa Miranda, de 38 anos, faleceu, na terça-feira (4), após apresentar complicações graves decorrentes da gripe H1N1. Lotada no Comando de Policiamento Regional do Oeste (CPRO), na cidade de Barreiras, a oficial foi internada no último domingo (2) em um hospital particular, onde teve piora no quadro de saúde e não resistiu.

Sintomas e evolução da doença

Milena começou a sentir os primeiros sintomas da gripe e realizava tratamento em casa com medicamentos antigripais. No entanto, seu estado de saúde se agravou e, ao dar entrada no hospital, foi diagnosticada com comprometimento pulmonar avançado, apresentando baixa oxigenação no sangue e embolia pulmonar.

A capitã precisou ser entubada, na segunda-feira (3), devido ao agravamento do quadro. Diante da situação crítica, médicos autorizaram sua transferência aérea para Salvador. Contudo, a condição delicada da paciente impossibilitou o transporte e ela permaneceu na unidade hospitalar de Barreiras.

Com a evolução da infecção viral, a oficial desenvolveu Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), condição potencialmente fatal associada a vírus respiratórios como o H1N1.

Repercussão e homenagens

A Polícia Militar da Bahia lamentou a perda da capitã e manifestou solidariedade a familiares e amigos. A Prefeitura de Barreiras também destacou a importância do trabalho de Milena para a segurança pública da região.

“Serviu a segurança pública da nossa cidade com muita bravura e presteza, deixa um legado de força de vontade, perseverança e amor ao trabalho da segurança pública estadual. Além de seu esposo, com sua partida ela também deixa saudades eternas em seus demais familiares, colegas de farda e amigos conquistados na região Oeste da Bahia”, disse a prefeitura em nota.

O sepultamento ocorreu, na manhã de quarta-feira (5), no Cemitério Campo Santo, em Salvador. Nas redes sociais, colegas de farda e conhecidos da oficial expressaram pesar pela sua partida precoce.

Importância da vacinação e prevenção

A Polícia Militar informou que Milena tinha histórico de alergias, mas não especificou quais nem se elas poderiam ter influenciado a gravidade do seu quadro de saúde. Além disso, a corporação não soube confirmar se a capitã havia sido vacinada contra o vírus H1N1.

A gripe H1N1 pode evoluir para quadros graves, como pneumonia e insuficiência respiratória, tornando essencial a adoção de medidas preventivas, como vacinação, higiene frequente das mãos e uso de máscara em períodos de alta circulação viral.

Quais são as causas da gripe H1N1?

A gripe H1N1 é provocada pelo vírus influenza tipo A e se espalha facilmente de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre principalmente por gotículas expelidas ao tossir ou espirrar, além do contato com superfícies contaminadas, seguido do toque na boca, nariz ou olhos.

Fatores como imunidade enfraquecida, idade avançada e a presença de doenças crônicas podem aumentar a vulnerabilidade à infecção. Entre os sintomas mais comuns estão tosse, coriza e febre. Embora a doença tenha cura, casos mais graves podem exigir tratamento com antivirais prescritos por um médico.

A forma mais eficaz de prevenção contra a gripe H1N1 é a vacinação anual, que garante imunidade durante os períodos de maior circulação do vírus, ajudando a reduzir o risco de complicações da doença. Além da imunização, medidas preventivas são essenciais para toda a população, como a higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, além da adoção da etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar, cobrindo a boca e o nariz. Essas ações contribuem para limitar a propagação do vírus e proteger a saúde coletiva.