Alckmin atribui queda de popularidade de Lula à inflação e alta do dólar
Vice-presidente destaca impacto do clima e da economia nos índices de aprovação do governo
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou, nesta última quinta-feira (3), que a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está diretamente relacionada ao aumento da inflação, causado por fatores climáticos e pela valorização do dólar. A declaração foi feita um dia após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que revelou que a desaprovação ao governo atingiu 56% em março, enquanto a aprovação caiu para 41%.
Fatores econômicos influenciam percepção popular
A inflação dos alimentos é um dos principais pontos de preocupação para o governo, já que impacta diretamente a população de baixa renda, um dos segmentos que historicamente apoia Lula. O aumento dos custos também pressiona a taxa de juros e a política monetária, tornando mais difícil a retomada do crescimento econômico.
“Em relação às pesquisas, primeiro nós estamos no meio do mandato. Segundo, nós tivemos dois fatos que impactam a inflação, especialmente de alimentos: um é o clima, nós tivemos no segundo semestre uma seca brutal e calor infernal, então cai a safra e, caindo a safra, o preço sobe. De outro lado o dólar. O dólar chegou a R$ 6,20, isso impacta os custos de produção”, declarou Alckmin durante entrevista ao podcast Direto de Brasília, do Blog do Magno.
Estratégias para conter desgaste
Diante do aumento da desaprovação, o governo federal lançou a campanha publicitária “Brasil Dando a Volta por Cima”, com o objetivo de reforçar as conquistas da atual gestão e melhorar a percepção popular sobre suas políticas. O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, declarou que a baixa aprovação também reflete a dificuldade do governo em comunicar suas realizações.
“Os ministros têm papel fundamental na comunicação do governo. Precisamos reforçar nossa presença e mostrar o que tem sido feito”, afirmou o publicitário baiano.
Cenário político para 2026
Alckmin também comentou sobre a possibilidade de Lula disputar a reeleição em 2026, destacando sua liderança política e histórico de governo. “Lula tem experiência, tem liderança, é o único brasileiro que foi três vezes presidente da República. Eu diria hoje que Lula é favorito”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de compor novamente uma chapa como vice-presidente, Alckmin evitou dar uma resposta direta.
“Vice, você é convidado. Eu fui convidado na eleição anterior e fiquei muito honrado”.
Aprovação do governo por segmentos
A pesquisa Genial/Quaest mostrou uma queda generalizada na aprovação de Lula em diversos segmentos sociais.
Região
- Nordeste: A aprovação caiu de 59% para 52%, enquanto a desaprovação subiu de 37% para 46%.
- Sul: A região com maior rejeição ao governo, com 64% desaprovando a gestão e 34% aprovando.
- Sudeste: A desaprovação subiu de 53% para 60% e a aprovação caiu de 42% para 37%.
- Centro-Oeste: A desaprovação chegou a 52%, contra 44% de aprovação.
Gênero
- Mulheres: Pela primeira vez, a rejeição superou a aprovação: 53% desaprovam, enquanto 43% aprovam.
- Homens: A desaprovação chegou a 59%, contra 39% de aprovação.
Idade
- 16 a 34 anos: 64% desaprovam o governo, enquanto 33% aprovam.
- 60 anos ou mais: A aprovação é de 50%, com desaprovação de 46%.
Escolaridade
- Menos escolarizados: 55% aprovam e 41% desaprovam.
- Ensino médio ou superior incompleto: 64% desaprovam e apenas 33% aprovam.
Renda
- Até dois salários mínimos: 52% aprovam e 45% desaprovam.
- Entre dois e cinco salários mínimos: 61% desaprovam e 36% aprovam.
- Acima de cinco salários mínimos: 64% desaprovam.
Religião
- Católicos: Aprovação e desaprovação empatam em 49%.
- Evangélicos: 67% desaprovam o governo e apenas 29% aprovam.
O governo agora busca reverter a queda na popularidade com medidas que incluem reforço em programas sociais e melhoria da comunicação institucional. Entretanto, analistas apontam que sem uma melhora significativa na economia e redução da inflação, a tendência de desgaste pode continuar.
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