Salvador ganha novo espaço dedicado à preservação da Mata Atlântica e educação ambiental

A presidente da Fundação Mário Leal Ferreira, Tânia Scofield, disse, na manhã desta quarta-feira (15), que Salvador deu mais um importante passo em direção à sustentabilidade com a inauguração do Centro de Interpretação da Mata Atlântica (Cima). Localizado no bairro do Bonfim, na Rua Balden Power, próximo ao Hospital Sagrada Família, o espaço é gratuito e foi projetado para ser uma referência em conservação ambiental, educação e lazer.

Projeto ambiental

O projeto, desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), ressignificou uma área antes degradada e transformou-a em um centro multifuncional. “É importante dizer que esse horto já existia, mas estava completamente abandonado. Não havia nenhuma construção, apenas a área natural. Transformamos esse lugar em um centro de interpretação da Mata Atlântica, onde serão produzidas mudas para reflorestar a cidade”, afirmou Tânia Scofield em entrevista ao Portal M!.

De acordo com ela, o Cima integra um esforço maior da Prefeitura de Salvador para requalificar áreas verdes. “O reflorestamento é uma das grandes diretrizes da Prefeitura. Mas não queríamos apenas reflorestar. Nosso objetivo era criar um espaço de convivência, onde as pessoas pudessem se integrar, aprender e valorizar a importância da Mata Atlântica.”

A presidente ainda ressaltou os múltiplos usos do local. “Além de ser um centro de produção de mudas e educação ambiental, o Cima oferece uma experiência única. Com vista para a Baía de Todos-os-Santos, ele é quase um mirante. Aqui as pessoas podem assistir ao pôr do sol, participar de palestras sobre sustentabilidade ou simplesmente aproveitar a tranquilidade do espaço.”

Já o secretário municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), Ivan Euler, destacou a inovação do equipamento. “Este projeto é muito especial porque foca na Mata Atlântica, o maior bioma do Brasil, que abriga 70% da população brasileira. Estamos falando de uma das regiões com maior biodiversidade do planeta, e o Cima chega para reforçar a importância de sua preservação”, disse ao Portal M!.

Euler também apontou os diferenciais do centro. “Temos aqui uma biblioteca dedicada exclusivamente à Mata Atlântica, algo que eu não conheço em nenhuma outra cidade do Brasil. Além disso, há uma sala imersiva equipada com tecnologia de projeção, que oferece uma experiência visual única sobre o bioma. Essa é uma novidade em Salvador e vai encantar tanto adultos quanto crianças”.

Mais cultura

Outro destaque anunciado pelo secretário foi a inclusão do projeto cultural Boca de Brasa, agora com foco em sustentabilidade. “Estamos trazendo o Boca de Brasa para cá, com um tema voltado para a preservação ambiental. Será um espaço onde a comunidade poderá se engajar e refletir sobre questões importantes para o meio ambiente”, revelou Euler.

O espaço também busca reforçar a conexão entre a população e a natureza. “Queremos que as pessoas compreendam a importância de preservar o que temos. Desde as crianças, que poderão aprender sobre produção de mudas no mini-horto, até os adultos, que terão à disposição palestras e atividades culturais. É um centro que promove educação, lazer e preservação em um só lugar”, destacou o secretário.

Para Scofield, o Cima representa mais do que uma conquista ambiental. “Este é um espaço de integração e pertencimento. Ele foi projetado para toda a população de Salvador, especialmente para as comunidades locais da Ribeira e do Bonfim. Estamos entregando um espaço que une educação, contemplação e lazer, sempre com foco na preservação ambiental”, enfatizou.

Com funcionamento aberto ao público, o Cima promete se tornar um dos principais pontos de encontro para estudantes, ambientalistas e a comunidade, oferecendo uma programação diversificada e reafirmando a vocação de Salvador como referência em preservação ambiental e inovação cultural. Ela se junta a outras iniciativas da Prefeitura de Salvador para a preservação do meio ambiente, como a requalificação do Parque da Cidade, Lagoa dos Pássaros, Lagoa dos Dinossauros, Jardim Botânico, Pedra de Xangô e Viveiro de Restinga.