Inteligência Artificial: transformações em todas as áreas e o que esperar em 2025
Portal M! ouviu especialistas para avaliar o que já aconteceu e fazer projeções para o Ano Novo
A Inteligência Artificial (IA) está transformando o mundo em ritmo acelerado, impactando os mais diversos setores da sociedade. O Portal M! ouviu especialistas não apenas para avaliar as mudanças já vivenciadas, mas também projetar o que esperar da tecnologia em 2025, em um cenário em que a inovação promete revolucionar ainda mais nossas rotinas e redefinir o futuro das profissões.
Impactos da Inteligência Artificial no cotidiano
Uso atual da IA
De acordo com o engenheiro de IA em sistemas avançados de produção e professor do Centro Universitário UniRuy, Roney Malaguti, a Inteligência Artificial já está integrada ao cotidiano da população de diversas formas, a exemplo de assistentes virtuais, como Alexa e Siri, recomendação de conteúdos em plataformas de streaming, chatbots para atendimento e ferramentas de análise de dados em larga escala.
“A transformação no uso de IA generativa, como ChatGPT e MidJourney, democratizou o uso de IA no dia a dia, assim como automatizou processos e tarefas cotidianas do público comum”.
Perspectivas para 2025
Para 2025, o especialista espera um “avanço significativo em sistemas autônomos”, como carros auto-dirigidos, drones de entrega e automação em indústrias.
“Também veremos maior uso da IA em soluções hiperpersonalizadas, como saúde preventiva, educação adaptativa, e planejamento financeiro. Além disso, a fusão com outras tecnologias emergentes, como computação quântica, pode acelerar sua capacidade de resolver problemas complexos”.
Setores transformados pela Inteligência Artificial
Saúde
Na saúde, por exemplo, Roney Malaguti acredita que a IA será ainda mais utilizada em diagnósticos e tratamentos.
“Em 2025, algoritmos baseados em IA estarão cada vez mais precisos na análise de imagens médicas, como ressonâncias magnéticas e tomografias, identificando condições em estágios iniciais com alta precisão. Ferramentas baseadas em IA, como assistentes robóticos para cirurgias, também se tornarão comuns”.
Já entre as aplicações promissoras, Roney acredita no uso em sistemas de predição de surtos epidemiológicos, desenvolvimento acelerado de fármacos e dispositivos vestíveis que monitoram a saúde em tempo real.
Educação
No campo da educação, o especialista observa que estudantes e professores terão que se adaptar ao uso de plataformas de ensino baseadas em IA, que criam experiências personalizadas e ajustam conteúdos ao ritmo de aprendizado individual.
“Por outro lado, o uso indiscriminado de IA pode levar à dependência tecnológica e desvalorização de habilidades analíticas tradicionais. Entre os benefícios, temos a democratização do acesso à educação de qualidade e aprendizado interativo. Já os malefícios envolvem desafios éticos, como uso inadequado de IA para fraudes acadêmicas e falta de supervisão humana na adaptação pedagógica”.
Trabalho
Quanto ao mercado de trabalho, Roney acredita que os setores mais impactados serão manufatura, transporte, logística e até áreas criativas, como marketing e design, que continuarão a ser automatizadas.
“Em 2025, funções repetitivas e previsíveis tendem a desaparecer rapidamente”.
Ele aposta ainda no surgimento de novas profissões, como especialistas em IA ética e curadoria de modelos de IA. Treinadores de sistemas autônomos ganharão espaço. “Além disso, habilidades voltadas à análise de dados e supervisão de IA serão altamente demandadas”, observou.
Meio ambiente
Para o meio ambiente, o professor acredita que a IA será crucial na otimização de recursos e na redução de emissões de carbono.
“Algoritmos serão usados para prever padrões climáticos e monitorar o impacto ambiental em tempo real. Também haverá maior eficiência energética em redes inteligentes e sistemas de gestão de resíduos”.
Transportes
Já no setor do transportes, Roney aposta em soluções de mobilidade inteligente, como carros autônomos em larga escala e gestão de tráfego em tempo real, que poderão contribuir para a redução de congestionamentos e acidentes.
“Em 2025, espera-se que frotas de transporte público e entregas estejam amplamente automatizadas, aumentando a eficiência e segurança”.
Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT)
Outro ponto de discussão é sobre o papel da IA na Internet das Coisas em um futuro próximo. Conforme Roney Malaguti, a integração da IA na IoT criará “ecossistemas inteligentes” em que dispositivos se comunicarão de forma autônoma para otimizar tarefas.
“Em 2025, as casas inteligentes serão mais conectadas, permitindo desde ajustes automáticos de temperatura e luz até gestão energética eficiente. Em indústrias, sensores inteligentes melhorarão a manutenção preditiva e a eficiência operacional”.
Regulação da Inteligência Artificial
A regulação do uso da Inteligência Artificial também é algo de discussões. Para Roney Malaguti, os governos estão intensificando os esforços para regulamentar em 2025, com foco em transparência, responsabilidade e proteção de dados.
“A União Europeia lidera iniciativas com leis de IA que exigem auditorias e conformidade ética. No entanto, dilemas como viés algorítmico, privacidade e uso militar da IA continuam sendo desafios complexos”.
No último dia 5 de dezembro, a comissão do Senado Federal responsável por regulamentar a Inteligência Artificial aprovou um projeto que estabelece diretrizes para o uso da tecnologia no Brasil.
O texto, relatado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO), foi votado e aprovado no plenário da Casa no dia 10 de dezembro e será avaliado na Câmara dos Deputados.
Crescimento da Inteligência Artificial em áreas criativas
Outro ponto de muita discussão envolve o crescimento do uso da IA em áreas criativas. Questionado se o cenário representa risco ou oportunidade para artistas e jornalistas, por exemplo, o professor Roney Malaguti enfatizou que a ferramenta “pode ampliar a criatividade”, permitindo a geração de ideias e protótipos mais rápidos, e auxiliar na personalização de conteúdos.
“Automação de tarefas criativas pode desvalorizar o trabalho humano e gerar desafios relacionados à autoria e propriedade intelectual. O equilíbrio entre automação e criatividade humana será um ponto-chave”.
IA traz riscos e oportunidades, aponta Paulo Markun
Já o jornalista, escritor e estudioso da Inteligência Artificial, Paulo Markun, ressaltou que a IA traz riscos e oportunidades. Ele pontuou que a indústria da mídia já passava por uma mudança drástica antes mesmo da IA generativa ganhar impulso e se tornar a mudança tecnológica de mais acelerada adesão da história.
“Nada indica que a chegada dos chatbots e outras ferramentas vá reverter o processo de concentração e dispersão – concentração de recursos, dispersão da atenção, que já acontece. Mas parece evidente – a mim, pelo menos – que os profissionais e artistas dispostos a explorar as possibilidades da IA terão mais chance de seguir produzindo”.
Limites no uso da Inteligência Articial
O jornalista Paulo Markun também falou sobre os limites que a humanidade deve impor ao uso da IA. Segundo ele, a “inteligência artificial não pode correr solta”.
“É preciso determinar condições para seu uso e estas delimitações não podem, porque não adianta, ficar restritas às fronteiras das nações. Agora, se não conseguimos nos entender nem mesmo para enfrentar a crise climática, o que dirá de um fenômeno que tem por trás os interesses de grandes empresas e embora afete a todos, segue sendo visto como uma ameaça distante?”
Já o professor Roney ressaltou ser “essencial impor limites claros”, com o objetivo de garantir que a IA não substitua a capacidade crítica humana.
“Áreas como o uso militar autônomo, manipulação política e exploração de dados devem ser regulamentadas rigorosamente. Além disso, a transparência em modelos de decisão e a supervisão humana devem ser mantidas para evitar riscos éticos e sociais”, apontou.
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