Lula afirma que Anvisa acelerará decisões se integrantes perderem familiares por escassez de medicamentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (23), que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) agirá mais rapidamente na liberação de medicamentos caso algum de seus membros perca um parente por falta de remédios. A declaração ocorreu durante a inauguração de uma fábrica da farmacêutica EMS, em Hortolândia, no interior de São Paulo.

Na ocasião, o petista foi questionado pelo empresário Carlos Sanchez sobre a demora nos processos da Anvisa para liberar medicamentos no Brasil. “Nosso amigo Sanchez fez uma demanda, uma provocação à ministra da Saúde, ao vice-presidente da República e ao presidente da República, de que é preciso a Anvisa andar um pouco mais rápido para aprovar os pedidos que estão lá, porque não é possível o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera”, disse Lula.

“Essa é uma demanda que nós vamos tentar resolver. Quando algum companheiro da Anvisa perceber que algum parente dele morreu porque um remédio que poderia ser produzido aqui não foi produzido porque eles não permitiram, aí a gente vai conseguir que ela seja mais rápida e atenda melhor aos interesses de nosso País”, complementou o presidente da República.

Protesto

Em 24 de julho, servidores da Saúde realizaram um protesto contra a municipalização dos hospitais federais do Rio de Janeiro e contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A manifestação ocorreu na entrada do evento de pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

O protesto se intensificou poucos minutos antes do discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um encontro que reuniu ministros do governo brasileiro, autoridades do G20 e representantes de organismos multilaterais.

Cerca de uma centena de servidores federais da Saúde chegaram ao portão de entrada do Galpão da Cidadania, sede da ONG Ação da Cidadania, no bairro de Santo Cristo. Os manifestantes exibiam faixas e entoavam palavras de ordem contra o governo e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que acompanhava Lula. A ação chamou a atenção de jornalistas nacionais e internacionais presentes no evento.

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