Lula discute atentado com ministros, defende apuração rigorosa, mas não deve se pronunciar

Após um ataque com explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que resultou na morte do autor do atentado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e membros do governo avaliaram o episódio, apontando possíveis conexões políticas.

O encontro ocorreu na manhã desta quinta-feira (14), no Palácio do Planalto, com a presença do chefe de gabinete Marco Aurélio Santana Ribeiro e dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social). A segurança pública e as implicações políticas dos atos foram os principais temas discutidos.

Para o governo, o incidente não é um caso isolado. Segundo Paulo Pimenta, ministro da Secom, eventos semelhantes ocorrem no país desde 2022, como o episódio envolvendo a deputada Carla Zambelli (PL-AL), que efetuou disparos em uma rua de São Paulo na véspera do segundo turno das eleições daquele ano. Outros incidentes incluem a tentativa de explosão no Aeroporto de Brasília, o vandalismo durante a diplomação de Lula e o ataque golpista de 8 de janeiro (2023).

Pimenta informou que o presidente recebeu a notícia do atentado “com tranquilidade” e destacou que Lula deseja apenas que o caso seja devidamente investigado. Ainda segundo o ministro, não foram feitos pedidos para reforçar a segurança das delegações do G20, que estão atualmente no Brasil.

“Em primeiro lugar, eu acho que não existe anistia em um processo que não foi concluído ainda. Sequer acabou. Tem coisas que não foram apuradas. É acenar para impunidade”, destacou o ministro.

Lula não deve se pronunciar

Na noite do incidente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não se encontrava no Palácio do Planalto no momento da explosão, se reuniu com o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para discutir o ocorrido.

Segundo o portal Metrópoles, o presidente Lula decidiu não se pronunciar sobre o atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes. Ele só comentará o episódio caso seja questionado oficialmente. Após o incidente, houve um reforço nas medidas de segurança em diversos prédios do governo, incluindo o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada e o Palácio do Jaburu.