Banco Central eleva Selic em 0,25 e juros básicos chegam a 10,75% ao ano
Copom volta a se reunir nos dias 5 e 6 de novembro
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic de 10,50% para 10,75% ao ano. A elevação de 0,25 ponto percentual, anunciada nesta quarta-feira (18), era prevista pela maioria das instituições financeiras consultadas. A decisão foi unânime entre os membros do colegiado. As informações são da Agência Brasil.
Essa foi a primeira alta após duas reuniões consecutivas em que a taxa foi mantida. Antes disso, a Selic havia sido reduzida de 13,75% para 10,50% desde agosto de 2023, como parte de um ciclo de flexibilização da política monetária. A ata da reunião será divulgada no dia 24 de outubro.
Em comunicado, o Copom destacou que o ajuste tem como objetivo principal garantir a convergência da inflação à meta. O ritmo dos ajustes futuros será influenciado pela dinâmica da inflação, projeções e expectativas de inflação, além do desempenho da economia.
O colegiado também apontou uma “assimetria altista” no balanço de riscos. Entre os fatores que podem pressionar a inflação, foram mencionadas a desancoragem das expectativas de inflação e a persistente depreciação da taxa de câmbio.
O cenário econômico foi descrito como resiliente, com pressões no mercado de trabalho e um nível de atividade superior ao esperado. Esses fatores exigem, segundo o Copom, uma política monetária mais restritiva para controlar a inflação e estabilizar os preços.
“O ambiente externo permanece desafiador, em função do momento de inflexão do ciclo econômico nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, disse o Banco Central, em nota.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já havia sinalizado que, se houvesse ajustes na taxa de juros, eles seriam graduais. Ele também destacou que o Copom não havia dado uma orientação clara sobre os próximos passos da política monetária.
No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed) cortou a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,5 ponto percentual, passando para uma faixa entre 4,75% e 5%. Esse movimento pode ter impactos sobre a política monetária global.
O mercado financeiro projeta que a Selic fechará 2024 em 11,25%. As previsões para 2025 foram ajustadas de 10,25% para 10,50%, enquanto para 2026 a expectativa é de 9,50%. O Copom volta a se reunir nos dias 5 e 6 de novembro, e a última reunião do ano está marcada para os dias 10 e 11 de dezembro.
“As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 4,4% e 4,0%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o primeiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,5% no cenário de referência (Tabela 1)”, diz trecho do comunicado.
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