Mourão chama plano de golpe de ‘fanfarronada’ e diz que não há crime em ‘escrever bobagem’
Ex-vice-presidente declarou que tentativa de golpe tem que ter o apoio de parcela expressiva das Forças Armadas
O senador e ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS) chamou de “fanfarronada” o plano de golpe de Estado revelado pela Polícia Federal na Operação Contragolpe e disse que não havia apoio das Forças Armadas para que o objetivo fosse concretizado. Nesta semana, a Polícia Federal indiciou 37 pessoas na Operação Contragolpe, incluindo Bolsonaro, acusado de liderar uma organização criminosa voltada para a ruptura democrática.
“Nós temos um grupo de militares, pequeno, a maioria militares da reserva, que em tese montaram um plano sem pé nem cabeça que eu nem consigo imaginar como uma tentativa de golpe. Tentativa de golpe tem que ter o apoio de parcela expressiva das Forças Armadas”, declarou Mourão em seu podcast ‘Bom Dia, Mourão’ na sexta-feira (22).
A operação revelou que o planejamento envolvia reuniões com a cúpula militar, detalhamento de ações golpistas, um esboço de “gabinete de crise” e até um plano para envenenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e eliminar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, o general da reserva Walter Braga Netto, aliado de Bolsonaro, teria ciência das ações e seria o coordenador de um eventual “gabinete de crise”.
Mourão também minimizou as informações de que havia planos de assassinato contra autoridades. “Se meia dúzia, de três ou quatro, resolveu escrever bobagem, tudo bem. É crime escrever bobagem? Vou deixar para os juristas. Eu vejo crime quando você parte para a ação. Se tivesse feito uma emboscada contra o ministro Alexandre de Moraes, o presidente da República, disparado contra ele. Nada disso aconteceu. Ficou tudo no terreno da imaginação”, afirmou.
Juristas divergem sobre a gravidade dos atos descritos no inquérito. Alguns entendem que as ações se limitam a atos preparatórios, não passíveis de punição. Contudo, o ministro do STF Gilmar Mendes refutou essa tese.
“A tentativa de qualquer atentado contra o Estado de Direito, ela já é em si criminalizada, de modo que já é um crime consumado. Até porque, quando se faz o atentado contra o Estado de Direito e ele se consuma, o Estado já não mais existe”, disse Mendes em um congresso na quinta-feira (21).
O planejamento golpista detalhado pela PF incluía a utilização de “kids pretos”, militares das Forças Especiais do Exército, para operações-chave. Documentos apreendidos mostram que o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, elaborado pelo general Mário Fernandes, previa a execução de Alexandre de Moraes e da chapa vencedora das eleições de 2022, Lula e Alckmin.
Uma das reuniões para a execução do plano ocorreu em 12 de novembro de 2022, na casa de Braga Netto. Durante o encontro, foi apresentado e aprovado o planejamento operacional para a atuação dos militares envolvidos no golpe.
Entre os documentos, a PF encontrou um esboço de decreto para instituir um “gabinete de crise” que seria ativado após os assassinatos. Além disso, foram localizados rascunhos de estratégias e planilhas que detalhavam os passos da ruptura democrática.
O relatório da PF também aponta que a tentativa de golpe contava com a expectativa de apoio das Forças Armadas, o que, segundo Mourão, não ocorreu. “Tentativa de golpe tem que ter o apoio de parcela expressiva das Forças Armadas”, reforçou o senador.
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