Jaques Wagner confirma que será relator de Galípolo e teme quórum antes da eleição

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) confirmou nesta terça-feira (3) que será o relator da indicação do governo à presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Ele reconheceu a dificuldade de garantir quórum para a votação e expressou preferência por realizar a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e deixar a votação em plenário para depois.

Wagner afirmou que, a poucas semanas das eleições, não é fácil assegurar a presença necessária de senadores. “O problema objetivo é que estamos a três ou quatro semanas da eleição, não é fácil ter quórum. Eu prefiro que a votação fosse agora na CAE. Não me arriscaria no plenário, porque precisaria de 44, 45 pessoas”, declarou.

Ele destacou que a votação na CAE seria mais segura, enquanto no plenário seriam necessários pelo menos 44 senadores presentes, o que representa um risco.

O líder do governo ressaltou que qualquer convocação para o dia 10 ou 17 de setembro pode atrapalhar as agendas previamente estabelecidas pelos parlamentares. Wagner tem atuado como intermediário entre Galípolo e os senadores.

Wagner afirmou que o governo não quer arriscar uma votação no plenário e, se necessário, preferirá adiá-la para evitar especulações e a percepção de fraqueza do governo. “Sempre tem risco, e se a gente sentir que tem risco, a gente deixa para depois. Não tem sentido colocar para votar e não ter quórum. Aí começa especulação”, declarou.

Leia também:

Pacheco elogia firmeza de Alexandre de Moraes nas eleições de 2022

Moraes diz que Elon Musk ‘coloca-se como imune às legislações de cada país’

Governo Lula indica Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central