Vixe! O machismo enraizado e as mulheres do PT. A estratégia de Adolfo e Rosemberg na AL-BA. Brito fora do governo e as críticas dos deputados a Loyola
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A ver navios
O clima na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) é de indefinição, sobretudo, para aqueles aliados que perderam a última eleição. Seja em Salvador ou nas cidades do interior, os políticos estão apreensivos sobre seus destinos políticos. Só na capital, três dos quatro vereadores do PT estão sem saber o que fazer politicamente a partir de janeiro, quando deixarem seus respectivos mandatos. Leia-se: Arnando Lessa, Luiz Carlos Suíca e Tiago Ferreira.

Ressaca pós-Geraldo
Até agora, nem o governador nem sua articulação política trataram de conversar com os aliados, que foram prejudicados pela decisão de lançar o vice-governador Geraldo Jr (MDB) como candidato, o que, devido ao resultado pífio na disputa, contribuiu para o encolhimento da bancada petista na Câmara. No interior, o sentimento é o mesmo, de total abandono.

Mulheres de olho no PT
A decisão do presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, de alçar novos voos na política e disputar uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) em 2026, abriu uma verdadeira corrida entre os próprios petistas, pra saber quem irá sucedê-lo no comando do partido. Além dos cinco nomes já ventilados aqui pelo Portal M!, lideranças femininas da sigla dizem que há muitas mulheres aptas a presidir o PT e ajudar a coordenar a reeleição do governador Jerônimo Rodrigues. Segundo duas petistas que transitam com desenvoltura na Governadoria, nenhuma mulher havia sido incluída no rol de possibilidades devido às “fontes” dos jornalistas serem sempre masculinas.

Machismo enraizado
A verdade, no entanto, é que o PT e outros partidos de esquerda expressam, na prática, o que se vê no extrato da sociedade: uma construção machista, que afasta as mulheres dos espaços de poder, num verdadeiro “machismo enraizado”. Dentre as apostas femininas para presidir o Partido dos Trabalhadores na Bahia estão nomes como a ex-dirigente do MST, Lucinha, ligada ao deputado Valmir Assunção. Tem ainda Maria Madalena, presidente da CUT e dirigente da Articulação Sindical, que conta com o apoio das várias correntes sindicais do partido. “Temos Elen Coutinho, que é diretora da Fundação Perseu Abramo e disputou com Éden, e temos Liliane Oliveira, ligada a Robinson Almeida, que é secretária de mulheres do PT”, sugeriu uma petista ouvida pela coluna.

Marta na disputa
Uma das petistas fez questão de enfatizar ainda que a vereadora Marta Rodrigues, irmã do governador, é um nome forte, “por ser uma mulher respeitada, ser um quadro histórico e atuante” no partido em Salvador. “O fato de Marta já ter sido presidente do PT na capital a gabarita para assumir o desafio de gerir a sigla pelos próximos anos, já que ela não poderá disputar novas eleições por estar impedida, por ser irmã do governador”, explicou a liderança feminina, ao lembrar que a deputada Elisangela Araújo e a secretaria Fabya Reis também podem ser viabilizadas para comandar a sigla.

A estratégia de Adolfo
A eleição para presidência da Assembleia Legislativa da Bahia só vai acontecer dia 1° de fevereiro de 2025. No entanto, o cenário já está desenhado no parlamento baiano. O presidente Adolfo Menezes (PSD) está com sua reeleição praticamente garantida. Em tese, ele não poderia tentar um terceiro mandado, mas já recebeu o apoio público da maioria dos deputados, de quase todos os partidos, para sua recondução ao posto. Apesar de gozar do apoio dos pares e do governador Jerônimo, a batalha que o atual presidente deverá enfrentar será na Justiça. O PSOL, através do deputado Hilton Coelho, já anunciou que irá acionar o atual dirigente, caso ele seja reeleito mais uma vez.

Rosemberg de olho na vice
Pacificada momentaneamente, a disputa pela Assembleia será acirrada para a vaga da primeira vice, onde o atual líder Rosemberg Pinto (PT) trabalha para ser indicado pela Federação formada pelo PT, PCdoB e PV para o posto. O desejo dele e dos outros interessados na vaga se dá diante da possibilidade de Adolfo ser impedido para cumprir o terceiro mandato, abrindo espaço para que o primeiro vice assuma o controle da AL-BA e conduza o processo de eleição na Casa.

Ivana pelo PSD
O detalhe é que o senador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, já disse que o nome do partido a ser apresentado na disputa, caso Adolfo não tenha êxito na sua estratégia, será o da deputada Ivana Bastos. Pela proporcionalidade, a vaga de primeiro vice é do PT, mas o PSD dá mostras de que não vai deixar barata a estratégia que ameaça o partido perder o controle do parlamento baiano.

Tiago corre por fora
No meio da disputa na Assembleia, eis que surge o nome do deputado estadual Tiago Correria, presidente estadual do PSDB, que foi “lançado” pelo próprio Adolfo, numa estratégia de ameaça aos governistas, já que a união dos partidos de oposição com o PSD pode levar o tucano a assumir o parlamento baiano, cenário que o governo e sua articulação política não querem nem cogitar. O detalhe é que essa estratégia pode ganhar corpo, já que regimentalmente, nada impede Tiago de vencer a disputa, sobretudo unindo os votos do PSD e da oposição.

Fora do governo
Licenciado do cargo de secretário de Infraestrutura da Bahia, o deputado federal Sérgio Brito corre o risco de não retornar para a pasta que ocupava no governo Jerônimo Rodrigues. Apesar do governador não ter avançado ainda na reforma do seu secretariado, a expectativa é que o integrante do PSD não volte para a gestão estadual. Além de ter um desempenho considerado “aquém do esperado” para a Secretaria, o fato de ter sido citado pela Polícia Federal na Operação ‘Overclean’, o coloca numa situação complicadíssima. É Muita Informação!

Emendas investigadas
A PF prendeu, nesta última terça-feira (10), 13 pessoas, acusadas de integrar uma organização criminosa responsável pelo desvio de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios. O grupo teria movimentado cerca de R$1,4 bilhão, sendo R$825 milhões em contratos firmados só em 2024. Citado na investigação, Sérgio Brito havia se desvinculado do cargo, na última semana, para voltar à Câmara dos Deputados para indicar suas emendas antes do recesso legislativo. Embora seu nome tenha sido incluído nas investigações, Brito não foi alvo da PF.

De volta à Assembleia
Além de Sérgio Brito, a secretária de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira (PSD), também não deverá continuar no governo estadual. Além da sinalização de que o governador busca um perfil mais técnico para o posto, a secretária deverá deixar o governo sob a justificativa de que irá assumir o mandato de deputada estadual, após a renúncia de Eures Ribeiro (PSD), que foi eleito prefeito de Bom Jesus da Lapa. A expectativa, inclusive, é que o governador converse com o senador Otto Alencar nos próximos dias pra sacramentar as mudanças do secretariado, da cota do PSD.

O retorno de Cavalcanti
Outro nome que deve ser anunciado para compor a reforma administrativa do governo estadual é o ex-secretário Marcus Cavalcanti, que deverá assumir o comando da Casa Civil, no lugar do atual titular Afonso Florense (PT). Cavalcanti atua como secretário de PPI do governo Lula e é apontado positivamente por ter um perfil técnico, ser funcionário de carreira, além de ser querido no âmbito da máquina estadual. “Além disso, ele é centrado, trabalhador, tem um perfil tranquilo, harmônico, fácil de lidar. Já conhece tudo nas Secretarias e seus respectivos gestores”, completou um deputado federal que transita bem pela Governadoria.

Críticas a Loyola
Já a situação do chefe de gabinete do governador, Adolpho Loyola, parece não ser tão confortável como a de Cavalcanti. Prestes a assumir a pasta de Relações Institucionais, ele não é visto com bons olhos por deputados estaduais e federais da própria base do governo. “O Adolpho vai de mal a pior. Não tem tinta na caneta e não consegue colocar nada para andar. E o pior de tudo, ele não responde às mensagens, não dá retorno, não atende as ligações e não dá informação”, criticou um deputado federal governista, ao destacar que Loyola “é gente boa, carismático, mas não funciona no governo estadual”.

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