Doenças cardiovasculares matam 400 mil brasileiros por ano

Neste domingo (29), o Dia Mundial do Coração ressalta a importância desse órgão vital, responsável por garantir a circulação de sangue pelo corpo. O mau funcionamento do coração pode gerar graves impactos na saúde. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 400 mil mortes por ano no Brasil são causadas por doenças cardiovasculares. As informações são da Agência Brasil.

A cada 90 segundos, uma pessoa no país perde a vida devido a doenças cardiovasculares, o que corresponde a 46 mortes por hora. Entretanto, 80% desses casos poderiam ser evitados com prevenção. Para o cardiologista Luiz Antonio Pertili Rodrigues de Resende, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), avaliações regulares são essenciais para detectar precocemente fatores de risco por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem.

“O check-up permite que medidas preventivas possam ser introduzidas precocemente. Ele também é importante para a conscientização do indivíduo sobre a sua saúde e sobre o seu importante papel no autocuidado. A periodicidade está condicionada ao estado clínico de cada paciente e deve ser individualizada. Porém, de uma forma geral, para pacientes com boa saúde e assintomáticos, recomenda-se a avaliação anual”, explicou o especialista.

Nos últimos anos, o número de pacientes jovens com doenças cardiovasculares tem crescido, conforme alerta o cardiologista Fernando de Martino, também do HC-UFTM. Ele relaciona esse aumento a um estilo de vida cada vez mais acelerado e ao estresse cotidiano.

“Os indivíduos têm se exposto a vários fatores de risco muito precocemente como o sedentarismo, o excesso de peso, a má alimentação, o tabagismo, e o consumo excessivo de álcool”, pontuou Martino.

Para prevenir, a recomendação dos especialistas é realizar consultas médicas anuais ou buscar avaliação sempre que houver sintomas como falta de ar, dor no peito, inchaço, tontura, palpitações ou desmaios. Essas informações foram fornecidas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, ligada ao Ministério da Educação.

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