Prefeito de Salvador diz que pretende colocar em prática segunda etapa do Prodetur 2, caso seja reeleito

O prefeito de Salvador e candidato à reeleição, Bruno Reis (União Brasil), disse, na noite desta terça-feira (6), que pretende colocar em prática a segunda etapa do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur 2), caso vença eleições em outubro. Entre as propostas apresentadas a empresários do trade turístico, está a revitalização de casarões no Comércio para que ganhem um novo uso residencial e comercial. Segundo ele, será a maior intervenção urbana no Centro Histórico desde a ocorrida na década de 1990.

De acordo com o prefeito, a ideia é fazer o retrofit de pelo menos 25 casarões na Rua do Corpo Santo, próxima ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo. Com as estruturas históricas preservadas – tal qual ocorreu na Casa das Histórias e na Cidade da Música –, os prédios podem receber 400 unidades habitacionais nos andares mais altos e espaços comerciais no térreo. A ação se juntará a outras visando a revitalização de todo o Comércio, dando uma nova guinada na ocupação do bairro por parte da população.

“O nosso grande desafio é ocupar o Centro Histórico. Nos últimos anos, investimos mais de R$1 bilhão na região em diversas iniciativas. Recuperação de monumentos ou implantação de novos; revitalização de todas as praças, do Elevador Lacerda e do Elevador do Taboão; criação de equipamentos como a Casa das Histórias, o Polo de Economia Criativa e a Galeria Mercado; e ainda levamos todas as secretarias municipais para a região. Só que a gente precisa continuar levando as pessoas para lá”, afirmou Bruno Reis.

Outra ideia do Prodetur 2 é a criação de um Centro de Convenções no Pelourinho, numa área abaixo da Praça Municipal, rodeada pelo Elevador Lacerda e pelo Palácio Rio Branco, cujas arcadas estão voltadas para a Baía de Todos-os-Santos. Segundo Bruno Reis, dentro da estratégia de revitalizar o Centro Histórico, é fundamental implantar um equipamento que atraia grandes eventos.

“Com esse Centro de Convenções, estima-se que teremos definitivamente a redenção do Centro Histórico. A expectativa é ter capacidade de 4 mil pessoas e receber 80 eventos por ano. Com isso, a gente lotaria todos os hotéis no entorno, seja os que já existem, seja os que virão por aí. Vamos atrair feiras, congressos, eventos corporativos, movimentando a economia local e gerando emprego e renda, trazendo cada vez mais pessoas para aquela região”, disse o prefeito.

O Encontro com o Trade Turístico de Salvador ocorreu no Fiesta Bahia Hotel, promovido pelo Conselho Baiano de Turismo (CBTur), composto por 19 entidades ligadas a este setor econômico na capital baiana. Bruno Reis recebeu de Pedro Manoel da Costa, presidente do conselho, um documento com reivindicações e sugestões da categoria para serem incluídas em seu plano de governo.

Recursos do BID

O Prodetur 2 terá recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e está em fase final de negociações. O projeto será centrado no programa Salvador Capital Afro, com uma gama de ações de fomento à cultura afro-brasileira e a empreendedores negros. Uma das iniciativas neste sentido é a ampliação do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), que voltou a funcionar em 2023, graças ao apoio da Prefeitura, após anos fechado.

“O Salvador Capital Afro se confirmou como uma estratégia de desenvolvimento de turismo muito acertada. A cultura da nossa cidade é essencialmente negra, então nada mais justo do que a população negra ter resultados econômicos, de ganho de renda e de geração de emprego, a partir do afroturismo. Em todos os eventos, Salvador tem se divulgado como uma cidade negra, com ênfase nesse aspecto do nosso patrimônio cultural que nos torna únicos. Temos belezas naturais, patrimônio histórico e arquitetônico, mas o nosso maior ativo é a negritude dessa cidade”, afirmou Bruno Reis.

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