Paulo Cavalcanti diz que setor produtivo tem prejuízos por problemas no fornecimento de energia: "Várias reclamações"
Presidente da ACB afirmou que entidade é procurada por comerciantes que não conseguem produzir mais em função de problemas com energia
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O presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), Paulo Cavalcanti, fez críticas aos serviços oferecidos pela Neoenergia no estado nesta quarta-feira (17). Em meio às diversas reclamações dos usuários da empresa, ele afirmou que existem irregularidades por parte da entidade, e ressaltou que isso vem prejudicando o setor produtivo do estado.
"Várias e várias reclamações, agora mesmo nessa época de chuva. Você veja quantas interrupções, quantos prejuízos que nós temos, inclusive no uso doméstico. Não precisa ir muito longe para saber quantos ar-condicionados, quantas geladeiras, quantos equipamentos eletrônicos são queimados, por irregularidade no nosso recebimento de energia. Interrupções também que a gente tem. O Polo Petroquímico de Camaçari também reclama disso, produções e indústrias também reclamando disso. O agro, então, quando você vai para o oeste, é a maior reclamação feita por pessoas querem investir mais", disse.
Entrevistado pelo editor-chefe do Portal M!, Osvaldo Lyra, o presidente também elogiou a iniciativa da Neoenergia de trazer mais investimentos para o estado, e destacou o fato da instituição ouvir as demandas do consumidor, das empresas e entidades.
"Não existe desenvolvimento sem a participação, o que eu chamo de consciência cidadã participativa. Exercer a democracia participativa é efetivamente fazer com que a gente seja ouvido. Nós temos a nossa necessidade e é exatamente que ele precisa ser ouvido para que a gente possa adequar o plano de investimento, que é fundamental, mas, o mais importante nesse plano de investimento é o social e o crescimento do nosso Estado", afirmou.
Paulo Cavalcanti esteve presente no evento de lançamento do plano de investimento da Neoenergia realizado no Centro de Convenções e foi apresentado pelo CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, e o diretor-presidente da Neoenergia Coelba, Thiago Guth. Deputados, prefeitos e representantes de associações de setores econômicos também participaram da cerimônia.
Até 2027, a distribuidora irá aportar R$ 13,3 bilhões em obras de expansão e reforço do sistema elétrico da Bahia, em todas as regiões do estado. O incremento deste investimento é de 40% em relação ao quadriênio anterior. Somente em 2024 serão R$ 3 bilhões investidos para contribuir e fomentar o desenvolvimento social e econômico, levando ainda mais energia para os baianos e para os mais variados setores econômicos que compõem a força e a diversidade do maior estado do Nordeste: agronegócio, indústria, comércio, mineração, serviços e turismo.
Segundo ele, o agro, um dos maiores exportadores de produtos em termos de arrecadação do PIB, está sendo prejudicado por não conseguir produzir mais por conta das interrupções de energia.
"Tem pessoas que reclamam e estão procurando a Associação Comercial da Bahia para pedir ajuda, para ter energia. Então essa questão é a realidade. A realidade é que a gente tem que enfrentar, tem que olhar e tem que ser mais do que uma bela apresentação. A gente precisa ver isso de fato", finalizou.
Confira a entrevista completa:
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